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“Temos nossas conquistas, mas ainda é preciso avançar”, disse a presidente. “Precisamos enfrentar lutas antigas, mas necessárias. Em especial, o igual acesso a trabalho, salário e defesa física contra a violência. O empreendedorismo deve ser facilitado por instrumentos de crédito, assistência técnica e propriedade, e protegido da desordem avassaladora das crises financeiras, que precarizam direitos e querem fazer voltar atrás a roda da história”, afirmou.
Direitos reprodutivos
Dilma defendeu os direitos sexuais e reprodutivos da mulher no evento, organizado pela ONU Mulheres. Mas, na condição de presidente de honra da Rio+20, optou por um pronunciamento sóbrio.
Diante da presidente da instituição, Michele Bachellet, Dilma não avançou nas declarações sobre a supressão do trecho que protegia o direito reprodutivo (aborto) das mulheres no documento da Rio+20. Presidentes, primeiras-ministras e ex-primeiras-ministras da Lituânia, Costa Rica, Austrália, Dinamarca, Finlândia e Noruega não tocaram no assunto, justamente no encontro onde eram esperadas as reações mais inflamadas contra este aspecto da versão final do documento.
Bachellet, como Dilma, só citou o direito à reprodução. E justificou que é importante defender o direito das mulheres “em todas as suas liberdades”. “Não dá para dividir a mulher por partes”, disse a ex-presidente do Chile.
Fonte: Veja