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quinta-feira, abril 25, 2024

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Mulher cria site para publicar fotos do próprio aborto

A americana que se denomina ‘Jane’ (não é seu nome verdadeiro) poderia ser apenas mais uma entre as mais de 800 mil mulheres que anualmente fazem um aborto nos Estados Unidos. Porém, ela ficou famosa rapidamente nas redes sociais quando decidiu postar as fotos do seu feto abortado, gerando um misto de curiosidade e protesto.

Usando um celular, a americana fez imagens do aborto de seu bebê de seis semanas. “Quando entrei no hospital, manifestantes contra o aborto aglomeravam-se na entrada segurando cartazes de fetos mortos. Aquelas imagens grotescas me chocaram de tal maneira que eu me senti pessoalmente agredida, triste e violada”, disse Jane à BBC. “Então, enquanto esperava pela minha vez, eu comecei a pensar na aparência do meu aborto. Foi então que decidi tirar as fotos”, acrescentou.

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O motivo para criar o site Thisismyabortion.com, segundo ele, foi mostrar às mulheres uma nova “perspectiva” sobre o aborto. “Espero que isso sirva de contribuição para uma maior educação sobre o aborto. Acredito que as pessoas têm o direito de receberam a educação e informação adequadas”, explica.

Depois de dois dias no ar, Jane diz que o site recebeu milhares de visitantes do mundo todo, e a maioria dos comentários apoiava a sua decisão. Apenas “uns poucos” criticaram a divulgação das fotos.

“Fiquei surpresa com a quantidade de homens e mulheres que escreveram sobre suas histórias pessoais, contando suas vidas, experiências médicas e opiniões… Nunca poderia imaginar que havia tanta gente partilhando uma mesma experiência [o aborto] e que vivia em completo isolamento. Tudo isso é muito gratificante”, acrescentou.

Jane conta que pagou 700 dólares para fazer o procedimento e que recebeu apoio do pai da criança e de sua mãe, que já havia abortado um bebê na década de 1970. “O pai da criança sabia da gravidez e me apoiou do início ao fim. Ele é um homem incrível, um amigo leal, e acredita que é direito da mulher escolher o que é melhor para seu corpo e sua vida”, explica.

“Já minha mãe também me deu o suporte necessário. Ela ficou feliz de que eu teria acesso a uma infraestrutura hospital segura e limpa, além de ser tratada por especialistas”, acrescentou.

Um dos motivos para Jane deixar o site no ar e tentar fazer dele um ambiente onde se pode discutir o assunto é que este ano há eleições para presidente e os conservadores sempre trazem essa questão para ser debatida pelos candidatos. O aborto é legalizado em todos os estados americanos desde 1973, mas ainda divide opiniões.

Uma pesquisa feita este ano pelo Instituto Gallup mostrou que 49% dos americanos eram a favor das mulheres “escolherem” se queriam ter o bebê, enquanto 46% eram contrários a prática.

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