
Para Maria Napolitano, hoje em dia, não faltam declarações de apoio à liberação das drogas e à descriminalização de entorpecentes. Os resultados das pesquisas parecem, no entanto, não merecer a mesma importância para informar a população sobre os elevados riscos de experimentação, seja em nome do prazer, seja em busca da remoção de algum desconforto.
O discurso pela liberação vem se sustentando no fracasso da política de repressão às drogas. A posição de um país vizinho, o Uruguai, alimenta a possibilidade do nascimento do narcotráfico, favorecendo a criação de um mercado negro, com ricas vantagens impossíveis de serem controladas. Na Holanda, um dos países mais tolerantes no uso de drogas, o tráfico nunca foi banido, e usuários, após consumir a quantidade permitida por lei, procuravam a droga nas mãos dos traficantes para saciar uma compulsão crescente.

A droga uma vez disponibilizada irá aumentar a oferta e, portanto, o consumo, indo na contramão da redução da demanda. O consumo representa um grave problema de saúde pública, com sérios prejuízos para as famílias e para o Estado. A questão fundamental é: por que um governo desejaria estabelecer e financiar um sistema que venha tornar seus cidadãos doentes e dependentes?
Não precisamos da Justiça para legalizar o caminho que conduz os jovens a uma destruição catastrófica num prazo muito curto. Avançar culturalmente na compreensão do processo de consumo de drogas significa caminhar em direção à liberação de substâncias químicas que alteram o ânimo, o comportamento e a consciência?
Como podemos chamar de evolução leis que colocam em risco a vida das pessoas? E como podemos envolver nas discussões sobre políticas públicas para o desenvolvimento sustentável o uso de drogas que colocam em perigo o discernimento essencial para salvar o ser humano de sua autodestruição?
Precisamos que legisladores e magistrados assegurem aos jovens cidadãos a certeza de encontrar amparo para o amadurecimento consciente de suas escolhas, com responsabilidade e clareza. É urgente, portanto, que ações preventivas contra o uso das drogas sejam promovidas e discutidas por todos.