Não haverá samba nem na avenida. Para não colidirem com as festas dos clubes e nas demais cidades do estado, as escolas de samba de Santa Maria desfilam fora de época. Em 2013, os desfiles estavam marcados para ocorrer entre 8 e 10 de março. A prefeitura já divulgou o cancelamento do evento. As demais cidades da região — muitas delas que também contabilizaram vítimas em Santa Maria —, não vão realizar Carnaval. Com um trauma tão recente e ainda aberto, a alegria foi adiada para o ano que vem.

O que mobiliza a população da cidade, no momento, é a corrente de pensamento positivo pela recuperação dos pacientes ainda hospitalizados. Doze dias após o incêndio, 65 pessoas continuavam hospitalizados em 12 hospitais do Rio Grande do Sul na sexta-feira. Comparado ao registro realizado de quarta para quinta, quando 10 pacientes receberam alta, o ritmo de liberações sofreu uma pausa. Um paciente precisou novamente do auxílio de aparelhos para respirar e o número de feridos utilizando respiração mecânica, que na quinta era de 18, subiu para 19 na sexta. Outros 46 continuam internados, sem a necessidade da ajuda de aparelhos. A maioria dos pacientes, 40, é atendida em hospitais de Porto Alegre. Em Santa Maria, 22 pessoas estão internadas. Canoas, na Região Metropolitana, recebe outras duas vítimas e um paciente é atendido em Caxias do Sul, na Serra Gaúcha.

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Ainda mergulhada no luto, a cidade enfrenta uma cruzada por justiça. Mas muito além da caça aos culpados, Santa Maria tornou-se um símbolo de mudança necessária em todo o Brasil. A partir da tragédia, o país que tem calendário repleto de grandes eventos acordou para a segurança em áreas de concentração de público, os padrões de segurança contra incêndios e as normas que, apesar de estabelecidas, sempre foram ignoradas.

Amigo de Cristo