“Falo constrangido: nada funcionou”, disse o deputado policial ao considerar estranho que nenhum integrante da corporação tenha se certificado do que ocorreu com a família diante da ausência do sargento Luiz Marcelo Pesseghini no grupo da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) que seguiu em comboio em direção a Presidente Wenceslau na manhã do último dia 5 para realizar operações contra ações do Primeiro Comando da Capital (PCC).“Havia um planto de chamada. O sargento deveria se apresentar ao batalhão às 5 horas para seguir em comboio às 8 horas e não compareceu. Os corpos só foram encontrados 18 horas depois”, lembra Olímpio, para quem a falha foi determinante para ampliar a tragédia e semear confusão nas investigações.
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“O menino poderia ter sido salvo”, diz o deputado. No momento em que policiais e retornaram para o batalhão sem confirmar o que havia acontecido com dois colegas, o menino estava na escola. Lá, uma vez localizado, poderia explicar o que aconteceu.
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Olímpio não acredita na versão da Divisão de Homicídios da Polícia Civil, segundo a qual, o menino matou os pais, a avó, a tia-avó e depois se suicidou com um tiro na cabeça. Caso essa versão venha a ser comprovada, diz ele, Luiz Marcelo, de 13 anos, poderia estar vivo porque teria sido contido ainda na escola. “Ficou claro que o sistema de comunicação falhou”, afirma o deputado policial.
Olímpio diz que o prazo de conclusão do inquérito (30 dias) e ausência de laudos que fortaleçam a hipótese da polícia recomendam cautela antes de se fechar questão em torno da tese da polícia. O que mais o intriga são a rapidez com que se difundiu a versão da polícia e os perfis das vítimas, Andréia e Luiz Marcelo, dois policiais cujas atuações afetavam tanto os desvios internos da corporação quanto o crime organizado.
“Não creio de jeito nenhum em homicídios seguidos de suicídio. Acho que foi um crime premeditado, organizado e executado para eliminar a família confundir a polícia. A hipótese mais provável é que a motivação esteja relacionada a ‘treta’ de polícia”, afirma, explicando que policiais do batalhão em que trabalhava Andréia estão envolvidos em desvios.
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