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quinta-feira, abril 18, 2024

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Data Limite: A “profecia” tenebrosa atribuída a Chico Xavier que não se cumpriu

No último sábado 20 de julho de 2019 marcou o aniversário de 50 anos da ida do homem à Lua. Para algumas pessoas e correntes espíritas, essa era a data limite imposta por uma suposta profecia de Chico Xavier.

Algumas pessoas acreditam que a data representa o fim de uma era e a chegada de um novo momento para o planeta. Entretanto, para outros, indicava uma possível ruptura e consequente fim do mundo. Mas do que se tratava realmente essa fronteira? O líder espírita realmente disse isso?

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Todo esse alvoro iniciou com a publicação de um artigo da médica e espírita Marlene Nobre, em maio de 2011, no jornal A Folha Espírita. Nele,  ela entrevista Geraldo Lemos, o então jovem que afirma ter ouvido a previsão em um encontro com Xavier, em 1986.

Na entrevista, Lemos revela a suposta profecia. “Nosso Senhor deliberou conceder uma mo­ra­tória de 50 anos à sociedade terrena, a ini­ciar-se em 20 de julho de 1969 (data em que o homem pisou na Lua), e, portanto, a findar-se em julho de 2019. Ordenou Jesus, então, que seus emissários celestes se empenhassem mais diretamente na manutenção da paz entre os povos e as nações terrestres, com a fi­na­li­dade de colaborar para que nós in­gres­sás­semos mais rapidamente na co­mu­ni­dade planetária do Sistema Solar, como um mundo mais re­ge­ne­rado, ao final desse período. Algumas potências angélicas de outros orbes de nosso Sistema Solar re­ce­aram a di­lação do prazo extra, e foi então que Jesus, em sua sabedoria, resolveu es­ta­be­lecer uma condição para os homens e as nações da vanguarda terrestre”.

Segundo a im­po­sição do Cristo, as na­ções mais de­sen­vol­vidas e res­pon­sá­veis da Terra de­ve­riam aprender a se su­por­tarem umas às ou­tras, res­pei­tando as di­fe­renças entre si, abs­tendo-se de se lan­çarem a uma guerra de ex­ter­mínio nu­clear. A face da Terra deveria evitar a todo custo a chamada III Guerra Mun­dial. Segundo a deliberação do Cristo, se e somente se as na­ções ter­renas, du­rante este pe­ríodo de 50 anos, apren­dessem a arte do bom con­vívio e da fraternidade, evitando uma guerra de destruição nuclear, o mundo ter­restre estaria enfim ad­mi­tido na co­mu­ni­dade pla­ne­tária do Sis­tema Solar como um mundo em re­ge­ne­ração. Ne­nhum de nós pode prever, Ge­ral­dinho, os avanços que se darão a partir dessa data de julho de 2019, se apenas soubermos defender a paz entre nossas nações mais desen­vol­vidas e cultas!”

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Curioso sobre quais seriam as tais consequências, o jovem teria questionado o médium sobre o que aconteceria de fato com o mundo. “Ah! Ge­ral­dinho, caso a hu­ma­ni­dade en­car­nada de­cida se­guir o in­feliz ca­minho da Terceira Guerra Mun­dial, uma guerra nu­clear de con­sequên­cias im­pre­vi­sí­veis e de­sas­trosas, aí então a pró­pria mãe Terra, sob os aus­pí­cios da Vida Maior, re­a­girá com vi­o­lência im­pre­vista pelos nossos ho­mens de ci­ência. O homem co­me­çaria a Terceira Guerra, mas quem iria ter­miná-la se­riam as forças te­lú­ricas da na­tu­reza, da pró­pria Terra can­sada dos des­mandos hu­manos, e se­ríamos de­fron­tados então com terremotos gi­gan­tescos; ma­re­motos e ondas (tsu­namis) con­se­quentes; ve­ríamos a ex­plosão de vul­cões há muito ex­tintos; en­fren­ta­ríamos de­gelos ar­ra­sa­dores que avas­sa­la­riam os polos do globo com trá­gicos re­sul­tados para as zonas cos­teiras, de­vido à ele­vação dos mares; e, neste caso, as cinzas vul­câ­nicas as­so­ci­adas às ir­ra­di­a­ções nu­cle­ares ne­fastas aca­ba­riam por tornar to­tal­mente ina­bi­tável todo o He­mis­fério Norte de nosso globo ter­restre”, teria dito Xavier.

No entanto essa publicação gerou uma enorme polêmica entre os seguidores de Chico Xavier e a comunidade espírita. “Havia uma preocupação muito grande naquela altura com uma possível Terceira Guerra Mundial, e também com uma possível ameaça nuclear. Mas isso tem que ser visto como um momento cultural da época. O Chico nunca nunca falou de data limite, usaram uma conversa dele, não documentada, para criar essa teoria. O espiritismo não acredita em Deus vingativo”, afirmou o escritor espírita Alexandre Caldini, que não tem certeza da veracidade do diálogo e condena o uso comercial do mesmo.

Portanto, para muitos espíritas a profecia indica o fim de um tempo e o início de outro, e nunca teve nada haver com o fim do mundo.

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