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Igreja Batista é acusada de racismo após decisão da Convenção

Igreja Evangélica (Reprodução)

Igreja Evangélica (Reprodução)

A igreja Batista Atitude foi acusada de racismo após cancelar, de última hora, a participação de dois palestrantes negros. Eles iriam participar de um evento promovido pela instituição, que é frequentada pela primeira-dama Michelle Bolsonaro.

A proposta era uma mesa de conversa com o tema: “Descolonizando o olhar: o racismo atinge a Igreja?”. A reflexão seria em um dos mais tradicionais encontros de jovens evangélicos, o ‘Despertar’, encontro bianual que reúne mais de dois mil jovens da Igreja Batista.

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Dessa forma, os palestrantes Marco Davi de Oliveira e Fabíola Oliveira, que iam participar da mesa, foram desconvidados por decisão da Convenção Batista Brasileira.

Eles foram excluídos após pressão por parte da liderança batista, que reclamaram que os dois seriam liberais, defensores de práticas ecumênicas com religiões afro-brasileiras, socialistas e defensores do PT.

“Eu considero, visivelmente, uma ocorrência racista”, afirmou Fabíola, explicando que no Brasil existe uma falsa ideia de que só é racismo quando a ofensa é violenta.

Conforme o diretor-executivo da Convenção Batista Brasileira, órgão que congrega quase 14 mil igrejas, não existiu censura ou racismo. “Não houve censura. Seguimos simplesmente um ordenamento interno que não tínhamos observado quando começamos a listar as pessoas. Inclusive eu, que sou negro, participei da roda de conversa”, justificou.

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