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quarta-feira, abril 24, 2024

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Conheça Mario de Oliveira, o pastor acusado de mandar matar o amigo e a ex-cunhada

Mário de Oliveira, aos 75 anos, é o líder máximo da Igreja do Evangelho Quadrangular no Brasil, e foi deputado federal por 7 mandatos pelo Estado de Minas Gerais.

Por trás de uma história de sucesso na política e de uma vida eclesiástica à frente de um ministério com aproximadamente 2 milhões de membros, está um enredo que facilmente se tornaria série da Netflix.

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Acusado de planejar a morte de amigo

A decadência política do deputado começaria em 2007, quando policiais descobriram em São Paulo, um plano para assassinar o amigo de Mário, e também deputado, William de Souza (PTC-MG).

A morte de William de Souza estava encomendada a um pistoleiro profissional, e segundo o inquérito policial, o plano foi descoberto por acaso.

De acordo com o site Istoé, na manhã de 18 de junho de 2007, policiais militares deveriam atender a uma ocorrência de um corpo baleado com dois disparos, encontrado no chão de uma calçada na periferia de São Paulo.

Depois da chegada do carro fúnebre, os policiais receberam uma chamada telefônica anônima denunciando o autor do assassinato: tratava- se de um “matador profissional”, rapaz alto, loiro, olhos castanhos e que atendia pela alcunha de “Alemão”.

O criminoso estaria no Shopping Tamboré (SP), às 11h, na praça de alimentação, trajando calça jeans e camiseta azul com listras brancas.

Assim que receberam a informação, os investigadores foram até o shopping e, de fato, lá estava o suposto criminoso. Assim que o rapaz viu os policiais, fugiu em disparada, deixando para trás, na mesa que ele ocupava com outro comparsa que foi detido, um pen-drive, uma foto e algumas folhas de papel.

Quando os policiais abriram o cartão de memória no computador da delegacia, constataram que o “matador profissional” tinha arquivado um plano de morte e as tratativas da encomenda do crime.

O próprio “matador profissional” grampeava suas conversas com seus contratadores. Estava lá: “Alemão” tinha a missão de matar, por R$ 150 mil, o deputado federal Carlos Willian de Souza (PTC-MG).

Depois de revelado o conteúdo das gravações, o parceiro de “Alemão”, Odair da Silva, não teve outra alternativa a não ser admitir que a trama era financiada pelo seu patrão, o também deputado federal Mário de Oliveira (PSC-MG).

O deputado não havia sido morto por que em pelo menos três ocasiões, ele não estava só, conforme os pistoleiros esperavam.

William de Souza era amigo pessoal de Mário de Oliveira a mais de 20 anos, e advogado da Igreja do Evangelho Quadrangular. Na verdade, teria sido Mário de Oliveira o responsável por lançar William na política.

Segundo investigações, Mário queria que William renunciasse ao mandato para que um pastor da igreja que ficou como primeiro suplente assumisse ao cargo, como William se negava, teve sua morte encomendada.

O processo foi parar no STF mas acabou sendo arquivado por falta de provas.

Acusado de planejar morte da ex-cunhada

Também pesa contra o reverendo, a acusação de haver tramado para assassinar a cunhada, Maria Mônica Lopes.

Segundo uma testemunha identificada como Osvaldeci Nunes, o pastor costuma dizer ; ‘vou mandar matar a MONICA’, (Ex-cunhada).

De acordo com o processo, Mônica era casada com o irmão de Mário, e quando separou dele, pediu 50% de tudo o que tinha em seu nome, incluindo uma fazenda na cidade de Miranda, em Mato Grosso.

No entanto, essa fazenda era na verdade de Mário, e Mônica sabia disso. Segundo a testemunha “isto causou um ódio tremendo por parte de MARIO DE OLIVEIRA em relação à ex-cunhada; QUE em 03 de abril de 2009, o DEPOENTE foi chamado à casa de MARIO DE OLIVEIRA, e no quarto dele, ali foi lhe proposto que viesse a Campo Grande/MS com a finalidade de conseguir um pistoleiro visando matar MONICA”.

A testemunha teria se negado a fazer o serviço, e se afastou de Mário de Oliveira. Ele conta que “no início de novembro de 2009, foi procurado pelo Pastor da I. E. Q., o Sr. MARCOS ANTONIO BARROS (…) narrando ele (MARCOS ANTONIO) foi procurado pelo Líder Estadual da I. E. Q. em Campo Grande, o Sr. CLÁUDIO BRAGA (…), que lhe ofereceu R$ 5.000,00 (cinco mil reais) para que ele (MARCOS ANTONIO) matasse MARIA MONICA LOPES a mando de MARIO DE OLIVEIRA. Passando inclusive o endereço da ex-cunhada (…) e duas fotografias da frente da residência daquela senhora.”

Por não aceitar contratar o pistoleiro, o pastor Marcos Antônio, passou a ficar isolado na participação da I. E. Q. em todo o Estado.

Ainda segundo o processo, a fazenda em questão tem cavalos de raça na ordem de R$ 100 mil.

Mario de Oliveira montado em um cavalo de raça em sua fazenda
Mario de Oliveira montado em um cavalo de raça em sua fazenda

Renúncia

Mário Oliveira decidiu renunciar ao mandato em 15 de julho de 2013 alegando razões de saúde. Na verdade o ex-parlamentar estava sob inquérito conduzido pela Polícia Federal e sob análise do STF onde respondia a diferentes ilícitos penais.

O ex-deputado responde no Supremo por crimes de responsabilidade, contra a ordem tributária e previstos na lei de licitações, além de formação de quadrilha, falsidade ideológica, estelionato e lavagem de dinheiro.

Após sua renúncia, assumiu sua vaga na Câmara o seu sobrinho, Stefano Aguiar.

Pastor Mário de Oliveira
Pastor Mário de Oliveira

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