No dia 16 de junho de 2019, o Brasil era surpreendido com a notícia do assassinato do pastor Anderson do Carmo, marido da cantora gospel e deputada federal Flordelis. Um crime cheio de contradições e mistérios, que envolve a própria esposa e seus filhos.
Flordelis é apontada pela Polícia Civil e pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) como sendo a autora intelectual do crime.
As investigações que têm se arrastado durante esses dois anos estão próximas de acabarem e levarem a parlamentar para a cadeia.
No último dia 8 de junho, a Comissão de Ética da Câmara dos Deputados votou pela cassação do mandato da deputada, que só não está presa porque tem imunidade parlamentar.
A decisão agora irá passar pela análise do plenário da Câmara. São necessários 257 votos – a maioria absoluta dos deputados – para a cassação de um mandato parlamentar.
De acordo com as informações da Agência Brasil, a deputada responde por “homicídio triplamente qualificado (por emprego de meio cruel, motivo torpe e usar recursos que impediram a defesa da vítima), tentativa de homicídio, associação criminosa e uso de documento falso”.
Flordelis alega inocência, e como último recurso, afirma que a sua filha biológica Simone dos Santos planejou a morte de Anderson, porque estava sendo assediada sexualmente pelo pastor.
Os filhos biológicos da parlamentar, Simone dos Santos e Flávio dos Santos, estão presos. Além deles, mais seis filhos de Flordelis e uma neta estão presos, acusados de envolvimento na morte de Anderson.
De acordo com as investigações, a trama para matar o pastor tinha sido iniciada em outubro de 2018. Existe uma suspeita de que o pastor vinha sendo envenenado desde esse ano.
A filha adotiva Roberta dos Santos disse em seu depoimento que todos da casa sabiam que eram dados remédios a Anderson, mas acreditava que ele não sabia, pois todas as vezes passava mal.
Ela também revelou que a irmã Marzy era quem colocava remédios ou veneno na comida de Anderson a mando de Flordelis.
Foram anexados ao processo cinco boletins de atendimento hospitalar, prestados ao pastor Anderson do Carmo, a maioria em 2018.