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O silêncio de Malafaia sobre o discurso de Bolsonaro na ONU

Silas Malafaia e Bolsonaro (reprodução)

O pastor Silas Malafaia, um dos principais e mais influentes apoiadores do governo, ainda não se manifestou publicamente sobre o discurso feito pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na Assembleia-Geral da ONU.

Apesar da imprensa apontar várias mentiras citadas pelo chefe do executivo, bem como algumas distorções, o líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC) até o momento não veio a público defender o presidente, como sempre faz.

Vários especialistas de diversas áreas analisaram o discurso de Bolsonaro e apontaram as mentiras ditas por ele sobre muitos temas, dentre eles podemos destacar:

Auxílio emergencial

Bolsonaro somou as parcelas do auxílio emergencial para dizer que forneceu um benefício de US$ 800, mas não explicou que elas só começaram com R$ 600 porque o Congresso o obrigou e que depois as mesmas foram suspensas e retomadas em um valor de R$ 300, com diminuição no número de beneficiários (de 68 milhões para 39 milhões). Ele também não contou que o pagamento será encerrado em outubro.

Amazônia

Bolsonaro também mentiu sobre dados do desmatamento na Amazônia em agosto. Ele falou em 32% de redução em relação ao mesmo mês de 2020. Segundo o Imazon, houve aumento de 7%, um recorde desde 2012.

Energia renovável

Bolsonaro declarou que 83% da geração de energia do Brasil vem de fontes renováveis. No entanto, o percentual corresponde ao uso de fontes renováveis para produzir energia elétrica — e não energia total.

Segundo o documento da EPE (Empresa de Pesquisa Energética), ligada ao Ministério de Minas e Energia, as fontes renováveis correspondem a 48,4% do total da matriz energética do país.

Essas foram apenas algumas das declarações feitas pelo presidente as quais foram comprovadas que ele mentiu premeditadamente.

Mesmo diante das críticas e inúmeras matérias na mídia apontando muitas mentiras no discurso de Bolsonaro, o pastor Silas Malafaia optou pelo silêncio.

Depois dos atos de 7 de setembro e do recuo do presidente, a realidade é que muitos apoiadores, principalmente da comunidade evangélica, se chatearam e se decepcionaram com ele.

Com isso, na realidade, Malafaia pode ter sido mais um que ficou frustrado com a atitude do chefe do executivo após o Dia da Indepedência.

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