Nesta terça-feira (5), teve início o julgamento do pastor Agnaldo Batista Amaral, de 48 anos. O religioso é acusado de assassinar a golpes de faca a cabeleireira Bruna Rafaela da Silva, de 30 anos, além de tentar matar a namorada dela, Kelly Cristina Rodrigues da Silva, e um funcionário.
O crime aconteceu em 26 de fevereiro de 2020, na cidade de Belo Horizonte (MG). Agnaldo responde por homicídio duplamente qualificado (motivo fútil e impossibilidade de defesa da vítima) e por tentativa de homicídio qualificado. Caso o réu seja condenado, poderá pegar até 30 anos de prisão.
De acordo com o processo, a motivação do crime está relacionada a um imóvel. A vítima mantinha um salão ao lado da loja do pastor. O ponto onde Bruna trabalhava já havia sido ocupado por ele anteriormente, que a pressionava para que ela entregasse o local.
Os dois brigavam constantemente, e de acordo com três boletins de ocorrência registrados junto à Polícia Militar (PM), aconteceram agressões físicas e verbais.
A promotoria acusa Agnaldo de ter feito uma falsa denúncia contra Bruna na tentativa de retirá-la do imóvel. Ele a acusou, no Juizado Especial de BH, de ter agredido um morador de rua. Ciente da armação, a vítima foi tirar satisfação com o pastor no comércio dele, acompanhada de sua namorada Kelly e do funcionário Lucas.
O religioso ficou furioso e partiu para cima do trio com uma faca. Primeiro, golpeou Lucas no pulmão direito e no diafragma. Depois, jogou a cabeleireira no chão e a esfaqueou também no pulmão direito e na região mamária, golpes que a mataram. A namorada de Bruna foi ferida nas costas, nos braços e nas mãos por tentar defendê-la.