Na última terça-feira (5), a polícia prendeu um homem de 56 anos após ele ter confessado que matou por estrangulamento a jovem Joice Maria da Glória Rodrigues, de 25 anos.
O criminoso também confessou ter concretado o corpo dela na parede de uma obra na cidade de São Vicente, em São Paulo. Ele se chama Edmilson e é pedreiro. Além dele, o autônomo Jonathas Soares de Santana, de 35 anos, também foi preso.
Joice estava desaparecida desde o último dia 27 de setembro. Durante as buscas, a polícia apurou que a vítima esteve na rua em que fica localizada a obra onde o pedreiro trabalhava e que ela teria se encontrado com ele.
Edmilson foi questionado e afirmou que, no dia do desaparecimento de Joice, ele esteve com ela até as 21h15.
Em depoimento, o homem relatou que manteve relações sexuais com a jovem, fez uso de drogas, e depois disso, ela teria ido embora. O criminoso também disse que Joice às vezes parava no local em que ele trabalhava para conversar, mas disse que não sabia do desaparecimento dela.
Entretanto, no decorrer das investigações, os policiais descobriram que Joice teria passado no local da obra, onde discutiu com o autônomo Jonathas.
De acordo com informações de testemunhas, a jovem e esse suspeito tinham um relacionamento prévio, por isso a polícia ainda apura se houve sexo consensual ou estupro antes de sua morte.
Durante a briga, o homem de 35 anos começou a estrangular a jovem e pediu para que Edmilson o ajudasse. O pedreiro, por sua vez, auxiliou no assassinato.
Em seguida, eles esconderam o corpo da jovem embaixo de uma escada e fizeram uma parede para escondê-lo.
Na terça-feira, 5 de outubro, o cadáver da vítima foi encontrado após o dono da construção lembrar que o vão embaixo da escada havia sido fechado, inclusive, de maneira grosseira.
Após quebrar a parede e sentir um forte odor, ele chamou a polícia, que encontrou o corpo de Joice já em decomposição. Ela estava nua e tinha uma blusa preta amarrada ao pescoço. O pedreiro foi preso em flagrante em casa e o autônomo negou o crime. Os dois são investigados por feminicídio e ocultação de cadáver.
Uma sacola de calcinhas foi encontrada no segundo andar da obra. De acordo com o delegado responsável pelo caso, Thiago Nemi Bonametti, o marido da vítima chegou a olhar as peças, mas não reconheceu como sendo da esposa.
“Segundo o pedreiro, as calcinhas eram porque ele gostava de usar”, explicou o delegado.