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sexta-feira, abril 26, 2024

Top 5 da semana

Quem são os pastores que usam as redes sociais para debate político?

Com milhões de seguidores no YouTube, Facebook, Twitter e Instagram, muitos pastores famosos usam de diversas ferramentas para expor seus posicionamentos políticos. De acordo com um levantamento do Globo, os maiores canais desse tipo na web são de pregadores conservadores e apoiadores do presidente Bolsonaro.

O ranking do Globo traz como primeiro colocado o pastor Claudio Duarte, seguido por André Valadão, Silas Malafaia e Lucinho Barreto. O que todos eles têm em comum são postagens de apoio ao governo e fotos de participação em atos pró-Bolsonaro, como do dia 7 de setembro de 2021.

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O pastor André Valadão, por exemplo, frequentemente usa o seu Instagram para falar sobre política. Com 4,8 milhões de seguidores na plataforma, o influenciador usa a caixinha de perguntas da rede social para orientar o seu rebanho.

“Pastor, é pecado ser de esquerda?”, perguntou um internauta. Em tom informal, gravando respostas dentro de um carro, André aconselhou: “A ideologia de esquerda é contra a palavra de Deus. Pode estudar mais um pouco que você vai ver isso”.

Na última semana, o religioso organizou nos Estados Unidos um evento conservador sobre política e religião com transmissão no YouTube. Participaram do evento o jornalista Allan dos Santos e o ministro das Comunicações, Fabio Faria.

Outro nome de peso na lista é o pastor Marcos Botelho, um dos primeiros religiosos a usar as redes sociais (seu canal do Youtube é de 2006), para falar sobre questões políticas com uma postura neutra.

De acordo com Botelho, é inevitável esbarrar na esfera política, quando se reflete sobre os valores bíblicos, o que “não quer dizer que tem que ser partidário ou apoiador de certas pessoas”.

O pastor se define como “nem de esquerda, nem de centro e nem de direita, mas nascido do alto (João 3.3)”. Ele costuma gravar vídeos respondendo dúvidas de seus seguidores, e também denuncia que muitos pastores acabam virando agentes políticos nas mãos de um projeto de poder.

“Usar esse local e a autoridade pastoral para fazer campanhas, indicar políticos e fazer terrorismo espiritual contra o candidato que discorda é aberração bíblica, se chama voto de cajado”, afirma Marcos Botelho.

Também existem pastores que se definem de esquerda, como é o caso do pastor Henrique Vieira, da Igreja Batista do Caminho. O religioso costuma levantar bandeiras em suas redes ligadas à justiça social e aos direitos humanos.

No Instagram do pastor, por exemplo, há publicações de apoio ao Movimento dos Sem Terra (MST), fotos com Lula (PT) e diversas críticas ao presidente Bolsonaro.

“Considero saudável as lideranças religiosas se posicionarem desde que baseado no respeito às diferenças, à democracia e ao Estado laico”, diz Vieira.

Imagem O GLOBO

 

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