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Pastor cego é acusado de dar golpe milionário em fiéis

Pastor Osório José Lopes Júnior (Reprodução)

O pastor Osório José Lopes Júnior, que tem quase 100 mil inscritos em seu canal no YouTube, está sendo acusado de dar um golpe milionário em evangélicos.

O religioso persuadiu milhares de fiéis a desembolsarem fortunas para investir em uma espécie de título apresentado por ele como Letra do Tesouro Mundial.

Segundo Osório, os títulos teriam um valor “bilionário”. Ele dizia que os papéis já contariam com a autorização do governo federal, por meio do ministro da Economia, Paulo Guedes, para ser pagos.

A informação é totalmente falsa, pois o ministro nada tem a ver com os golpes aplicados pelo pastor. O religioso chegou até a publicar um vídeo acalmando os investidores.

Para passar credibilidade, Osório usava, além do nome dos ministérios, logomarcas de entidades financeiras, como o Banco Mundial e o Banco do Brasil, em uma plataforma de investimentos conduzida pelo grupo.

O pastor viajava o país captando novos investidores há pelo menos 9 anos. Os novos recrutas recebiam promessas de que receberiam até 100 vezes mais o valor aportado, assim que os títulos estivessem prontos para ser resgatados.

A maioria das pessoas que caíram no golpe eram fiéis de igrejas evangélicas, além de parentes e amigos próximos ao religioso. Em apenas um dos grupos criados no Telegram, há cerca de 8 mil “clientes”.

Como o religioso convencia os investidores

O pastor é carismático e possui uma oratória afiada. Ele abusava de passagens bíblicas para reforçar um discurso de fé. Diante disso, ganhou fama e dinheiro nos últimos anos.

Vítimas informaram que perderam todas as economias após falsas promessas de rentabilidade, e que o religioso moraria em uma confortável casa, em um dos condomínios fechados de Alphaville, em São Paulo.

Banco Efraim

De acordo com um investidor, que está há três anos tentando receber os valores prometidos, o pastor criou um banco de dados, hospedado em uma plataforma onde os clientes podem acompanhar as supostas operações financeiras feitas por sua equipe.

Chamado de Banco Efraim, o dispositivo costuma ser lembrado por Osório José durante a gravação dos vídeos diários.

De acordo com as investigações, aproximadamente 70 mil pessoas teriam fornecido dados pessoais e transferido dinheiro para as contas do pastor.

“Osório começou a barganhar e a vender parte dos títulos dizendo que o governo dos Estados Unidos iriam pagar pelos supostos papéis internacionais. Algumas pessoas compraram esses títulos por valores que poderiam variar entre R$ 100 mil e R$ 500 mil”, ressaltou uma vítima.

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