O cantor gospel Leonardo Gonçalves publicou um vídeo em seu canal no YouTube com o seu posicionamento contrário ao projeto de lei 4.606 de 2019, que proíbe fazer alterações na Bíblia.

O PL é de autoria do deputado federal Sargento Isidório, e no último dia 4 de maio, a Câmara dos Deputados o aprovou com urgência. O projeto vai ser votado em plenário sem passar pelas comissões.

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Leonardo deixou claro que não tem nada contra o pastor, e que o seu vídeo foi feito apenas para esclarecer algumas contradições e questionamentos do projeto. O artista também fez questão de relatar que o próprio deputado já fez declarações de que não votará favoravelmente ao PL de sua própria autoria.

“Fica vedada qualquer alteração, edição ou adição aos textos da Bíblia Sagrada, composta pelo Antigo e pelo Novo Testamento em seus capítulos ou versículos, sendo garantida a pregação do seu conteúdo em todo território nacional”, diz o texto do PL 4.606 de 2019.

No vídeo, a primeira coisa que Leonardo destacou é que já é garantido em todo território nacional pregar o texto bíblico, pois o mesmo está coberto pelo Direito da Liberdade Religiosa.

O cantor também questionou a qual Bíblia o projeto se refere, pois diferentes vertentes do cristianismo têm bíblias diferentes com outros livros inclusos.

Com isso, o artista gospel argumenta que não ficou claro se o PL trata da Bíblia protestante ou católica, e se apenas essas duas estiverem inclusas, o que poderá acontecer com as outras.

Para expressar melhor a sua preocupação, Leonardo usou como exemplo a Bíblia João Ferreira de Almeida, uma das traduções mais usadas pelos evangélicos do Brasil.

Ele mostrou que somente essa tradução possui várias versões, como a Corrigida, Revista, Revista e Atualizada, Corrigida e fiel, entre outras.

O cantor provou que uma Bíblia da mesma tradução tem várias versões, edições e adaptações diferentes, e que se esse projeto for aprovado, poderá colocar tudo isso em xeque.

O artista também deixou bem claro que esse é um assunto muito sério, e que se a lei for aprovada, o judiciário irá ter o poder de determinar a interpretação literal do texto.

Para concluir, Leonardo disse que tem muitos cristãos que entram na política para fazer leis que beneficiam apenas a eles, e acrescenta que esses cristãos devem trabalhar em prol da sociedade como um todo.

Assista ao vídeo na íntegra: