O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) atacou padres e pastores que, segundo ele, estão “fazendo da igreja palanque político ou empresa para ganhar dinheiro”.

“Tem gente que não está tratando igreja para tratar da fé ou da espiritualidade, está fazendo da igreja um palanque político ou uma empresa para ganhar dinheiro”, disse.

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As declarações aconteceram em seu primeiro comício em São Paulo, no Vale do Anhangabaú, região central da capital paulista, no último sábado (20).

O petista também criticou as fake news que estão sendo divulgadas por religiosos, e disse que tem “demônio sendo chamado de Deus”.

“Tem muita fake news religiosa correndo por esse mundo. Tem demônio sendo chamado de Deus e gente honesta sendo chamada de demônio”, afirmou.

“Eu não preciso de padre ou de pastor, eu posso me trancar no meu quarto e conversar com Deus quantas horas eu quiser sem pedir favor a ninguém”, disse.

O ex-presidente também incentivou seus apoiadores a enfrentarem “pastores que estiverem mentindo” e não deixarem nenhuma mentira passar para a frente, mas “sem aceitar nenhuma provocação de rua”.

Com dificuldades entre o eleitorado evangélico, que faz parte da base do presidente Jair Bolsonaro (PL), o petista defendeu o Estado Laico em seu eventual governo.

“Eu, Luiz Inácio Lula da Silva, defendo estado laico, o estado não tem que ter religião, todas as religiões têm que ser defendidas pelo estado”, afirmou.

A reação do ex-presidente ocorre em razão de uma ofensiva de pastores e lideranças evangélicas contra a sua candidatura nos templos e nas redes sociais.