No julgamento popular de Fernando Aparecido da Silva e Joel Macedo, pastores acusados de envolvimento na morte de Lucas Terra em 2001, Martoni de Oliveira Costa, amigo da vítima, relatou que Fernando proibiu fiéis da Igreja Universal de procurar por Lucas após seu desaparecimento. Segundo Martoni, cerca de 50 pessoas estavam procurando pela vítima, mas foram desencorajadas pelo pastor, que convocou uma reunião e disse que Lucas era “Luquinhas qualquer que iria atrapalhar a obra”.
Martoni ainda contou que viu Lucas pela última vez no dia em que desapareceu, quando o encontrou e ouviu dele que estava indo para a Igreja Universal da Pituba para encontrar Fernando e conseguir uma gravata de obreiro. O pastor, por sua vez, teria negado ter visto Lucas na igreja. Quando Lucas desapareceu, Fernando não demonstrou nenhuma preocupação, afirmou Martoni.
O júri popular, que ocorre no Fórum Ruy Barbosa, ainda contará com mais 14 testemunhas, sendo cinco de acusação, cinco da defesa de Fernando e cinco da defesa de Joel. O caso ganha mais um capítulo com o depoimento de Martoni, que traz novas informações sobre a proibição das buscas na igreja após o desaparecimento de Lucas.