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sábado, maio 4, 2024

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Conheça a “igreja do estrondo” que prega ao som de heavy metal

Com a estrutura semelhante a de um bar de rock, as paredes pretas podem enganar quem transita pela rua Marquês de Olinda, no Alto do Ipiranga, na zona sul de São Paulo.

A Crash Church, algo como “igreja do estrondo”, em tradução livre, foi fundada em 2006. Na denominação a palavra de Deus é professada em meio às guitarras pesadas e muito bate-cabeça.

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“Tem vizinho que pensa até hoje que é bar, porque é tudo preto, com luzes e sempre tem aquela galera mais ‘diferente’ na porta”, diz o pastor Antônio Carlos Batista, fundador da igreja.

Até ocupar a casa no Ipiranga, os membros da igreja viveram uma história que remonta aos primeiros shows da banda de death metal cristã Antidemon, liderada por Batista. O grupo foi formado em 1994.

“Quando o Antidemon tocava, as pessoas começaram a seguir a banda e se tornarem amigos mesmo. No domingo, a banda sempre ia para a igreja, para o culto normal em igrejas evangélicas comuns, mas a galera dos shows queria acompanhar. Comecei a levá-los para a igreja que eu frequentava, mas tinha um preconceito porque o estilo deles destoava: eram punks com moicano, gente que usava capas tipo Drácula, com tatuagens… E o pessoal começou a ficar assustado. Chegou a um ponto que nos disseram que não éramos mais bem-vindos”.

Antônio Carlos é nascido em lar evangélico, filho e neto de pastores, ele frequentava cultos desde criança.

“Só que nunca me identifiquei. Tudo era feito com muita tradição, muitos dogmas, achava uma linguagem longe da realidade dos jovens. Na escola da igreja, eu era o terror dos professores porque questionava demais e acabava, de certa forma, sendo a ‘má influência’. Sempre entendi que Deus era um ser que não é manipulador, não se compra ou se vende e sempre achei ruim a situação da igreja sempre estar envolvida com corrupção, política.”

Carlos percebeu no início dos anos 90, que o seu u futuro na igreja evangélica sofreria uma mudança radical.

“Na época, não conhecia o heavy metal porque, na igreja que eu pertencia, não podia nem ter televisão em casa. Só que, em determinado momento, eu comecei a ouvir riffs de guitarra na minha mente. Algo que nunca tinha visto antes, só conhecia música gospel. Comecei a gravá-los, durante meses, até que passei na Galeria do Rock, procurando um lugar para tirar xerox, e de repente comecei a ouvir aquelas músicas nas lojas. Fiquei impactado”.

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