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Pastor que induziu fiéis a jejuarem até a morte será processado por terrorismo

Pastor do Quênia (Foto: SIMON MAINA / AFP)

No Quênia, um tribunal anunciou, nesta terça-feira (2/5), que o pastor Paul Nthenge Mackenzie, será processado sob a acusação de “terrorismo”, após a morte de 109 pessoas em uma floresta no sudeste do país, onde membros de sua seita se reuniam.

O líder religioso é acusado de ter induzido os seguidores da Igreja Internacional das Boas Novas a morrer de fome “para encontrar Jesus”.

Paul compareceu a um tribunal na cidade de Malindi nesta terça-feira, com outros oito réus. Ele aparentava está tranquilo, e vestia uma jaqueta esportiva rosa e preta.

O autoproclamado pastor foi transferido para Mombaça, a segunda cidade do Quênia, onde existe “um tribunal habilitado para julgar casos que dependam da lei de prevenção do terrorismo”, disse a promotora Vivian Kambaga.

O tribunal deve resolver um pedido da Promotoria para mantê-lo preso por 30 dias, tempo para realizar a investigação sobre seu possível envolvimento no chamado “massacre na floresta de Shakahola”.

Segundo a acusação, “existem informações confiáveis que ligam os corpos exumados” nesta floresta a “vários fiéis inocentes e vulneráveis” da Igreja Nova Vida de Odero.

O escândalo reacendeu o debate sobre a regulamentação dos cultos no Quênia, um país predominantemente cristão, com 4 mil “igrejas”, segundo dados oficiais.

O presidente William Ruto prometeu agir contra aqueles que “usam a religião para promover uma ideologia obscura e inaceitável” e os comparou a “terroristas”.

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