A pastora Priscila Coelho, líder do Movimento Cores, grupo LGBTQIA+ que fazia parte da Igreja Batista da Lagoinha, realizou o seu primeiro culto após o desligamento da denominação presidida por André Valadão.
A reunião do Movimento Cores, aconteceu na noite desta segunda-feira (17), no segundo andar de uma livraria num shopping center no centro de Belo Horizonte.
Priscila Coelho foi ordenada pastora em 2021 na Lagoinha pelo patriarca Márcio Valadão. Ela é ex-homossexual, que criou o Movimento Cores, com o objetivo de “levar Jesus aos LGBTQIA+”.
A religiosa abriu a reunião pedindo para os presentes não responderem às mensagens de ódio que chegavam ao grupo nas redes sociais. Logo depois, deu início a uma oração que foi dedicada “a liberar perdão aos que nos veem como inimigos”.
Sem citar o nome do seu ex-líder André Valadão, ela explicou a sua decisão de sair da denominação.
“A escolha de sair tem a ver com a minha convicção e com a forma como vejo a Deus: um Deus de amor, tolerante, empático, misericordioso, que lida com as pessoas com afeto, carinho, cuidado e respeito. Isso fez parte da Lagoinha por muito e muito tempo. Mas, na atualidade, não concordo e não compactuo com o que está acontecendo”.
A pastora também tranquilizou os que ficaram preocupados se o movimento iria acabar: “Vou continuar conduzindo com muita honra, prazer e orgulho a comunidade LGBTQIA+. Vocês são o meu orgulho, tenho muito orgulho de amar e de poder cuidar de vocês”.
Nesta terça-feira (17), Priscila Coelho surpreendeu a todos ao anunciar que o grupo não só prosseguiria, mas que se tornará uma igreja.
Além dos dois encontros semanais, celebrarão cultos aos domingos, ao estilo evangélico “raiz” – nas casas dos próprios fiéis.
Nas redes sociais alguns internautas comentam as publicações e pedem para a pastora não ‘perder a visão e se torne uma igreja inclusiva como a e Lanna Holder.’