O líder máximo da Igreja Católica, Papa Francisco, chamou a atenção do mundo ao responder uma carta enviada por cinco cardeais em 10 de julho passado.
O pontífice deixou aparentemente aberta a possibilidade de padres darem bênçãos a casais do mesmo sexo, desde que limitadas. No entanto, as bençãos precisariam ser analisadas caso a caso, e não pode ser confundidas com cerimônias de casamento de casais heterossexuais.
A resposta foi aos cinco cardeais conservadores da Ásia, Europa, África, Estados Unidos e América Latina. A chamada “dubia” foi respondida nesta segunda-feira (2), e contém uma série de perguntas sobre temas variados.
Ele afirmou, no entanto, que “a caridade pastoral deve permear todas as nossas decisões e atitudes”, acrescentando que “não podemos ser juízes que apenas negam, rejeitam e excluem”.
Para o sacerdote Católico, algumas vezes os pedidos de bênção são a forma de as pessoas se aproximarem de Deus e viver vidas melhores, mesmo que alguns atos sejam “objetivamente moralmente inaceitáveis”.
Francis DeBernardo, diretor executivo do New Ways Ministry, que promove a aproximação da Igreja com os católicos da comunidade LGBT, disse que as palavras do papa mostram “que a igreja reconhece de fato que o amor sagrado pode existir entre casais do mesmo sexo, e que o amor dessas pessoas espelha o de Deus”