O estado de São Paulo agora tem um novo marco na luta contra o fascismo e o antissemitismo. O vice-governador Felício Ramuth (PSD) sancionou um projeto de lei que estabelece o Dia Estadual contra o Fascismo e o Antissemitismo. A iniciativa, liderada pelos deputados estaduais Oséias de Madureira (PSD) e Bruno Zambelli (PL), tem como objetivo principal conscientizar a população sobre os perigos dessas ideologias extremistas e promover a tolerância e o respeito mútuo.
A escolha da data para a celebração não foi aleatória. O dia 9 de novembro foi selecionado em memória da Kristallnacht, ou Noite dos Cristais Quebrados, ocorrida em 1938 na Alemanha nazista. Naquela noite sombria, tropas nazistas atacaram brutalmente casas, sinagogas e estabelecimentos comerciais pertencentes à comunidade judaica, lançando as bases para uma série de atrocidades e perseguições. O deputado Oseias de Madureira, pastor evangélico, destacou a importância de relembrar esse evento para evitar que os horrores do passado se repitam.
“A política de extermínio do estado nazista também visou e vitimou homossexuais, pessoas com deficiências, comunistas e socialistas, e outras minorias. O Holocausto não começou com as deportações para câmaras de gás. Começou com o discurso de ódio e a propaganda nazifascista que disseminou preconceitos milenares”, ressaltou Madureira.
Por sua vez, o deputado Zambelli, coautor do projeto, enfatizou que o fascismo não é uma característica exclusiva de uma determinada corrente política. Ele salientou a importância de reconhecer e combater qualquer forma de autoritarismo e discriminação, independentemente de sua origem política.
“O dia 9 de novembro será uma data para reflexão de todos os povos, os vitimados pelo antissemitismo e os que sofrem a opressão do fascismo”, afirmou Zambelli.