O pastor Daniel Batista, líder do movimento Igreja Sem Política, em entrevista ao O Fuxico Gospel, abordou suas preocupações com a Agenda 2030 da ONU, descrevendo-a como uma iniciativa que busca, segundo ele, uma “substituição da vida humana pelas máquinas” e um controle crescente sobre a sociedade. Ele enfatizou que a agenda, em seu ponto de vista, representa uma ameaça à independência e ao livre-arbítrio, levando as pessoas a uma dependência digital e materialista.
Para Batista, a essência da Agenda 2030 vai além das diretrizes ambientais e sociais conhecidas. “A Agenda 2030 é, na verdade, uma estratégia de transumanismo… É o controle absoluto, a escravização da vida humana,” afirmou o pastor, destacando que a digitalização da sociedade e o domínio das máquinas seriam centrais na proposta da ONU para os próximos anos.
O pastor também expressou sua preocupação com a integração da ciência, política e materialismo no cristianismo moderno, o que ele acredita ser uma forma de minar a fé e a autonomia dos fiéis. “A agenda depende de dois fatores: que a igreja faça todo mundo acreditar na ciência, em políticos, e que se torne materialista,” disse. Batista também questionou a teologia da prosperidade, apontando que tal doutrina favorece uma ideologia que estaria em linha com os objetivos globais da ONU.
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Ao tratar sobre a independência econômica e espiritual da igreja, Batista alertou para o que considera uma futura “chantagem material” que ele associa ao anticristo. “O anticristo é uma chantagem material… Ninguém compra nem vende sem a marca da besta,” afirmou, referindo-se a uma possível pressão econômica futura sobre os cristãos. Batista se preocupa que a igreja possa estar se distanciando de seus princípios fundamentais ao depender cada vez mais de uma ideologia materialista e tecnológica.
Para ele, o papel de Jesus e dos cristãos deveria se manter focado na salvação e na espiritualidade, e não em ambições materiais ou políticas. “Jesus não veio para estabelecer uma economia ou uma sociedade justa, isso é tarefa do político,” concluiu o pastor, reforçando que a missão de Cristo e da igreja é espiritual, longe das questões políticas e materiais promovidas pela ONU.
A opinião do pastor vem no contexto de um crescente debate sobre o papel da Agenda 2030 e o impacto que suas metas poderiam ter na autonomia da igreja e nas crenças religiosas, refletindo uma visão crítica e cética em relação à proposta das Nações Unidas.