Juliana Salles, a pastora evangélica que perdeu os filhos Kauã e Joaquim no dia 21 de Abril em um incêndio criminoso, onde a polícia apontou o seu esposo, pastor George Alves, como principal acusado, quebrou o silêncio e decidiu falar a imprensa pela primeira vez desde que o crime aconteceu.
O inquérito policial apontou que antes de atear fogo nas crianças, George teria espancado e abusado sexualmente das duas crianças, e apesar de ter apontado evidências conclusivas contra o pastor, a perícia descartou que Juliana tenha se envolvido de qualquer forma neste crime.
Ela estava em um congresso religioso durante o fim de semana que o crime aconteceu, e foi avisada por um bombeiro do que havia acontecido.
Juliana Salles aceitou ser entrevistada pelo jornal A Tribuna, e se mostrou bastante duvidosa quanto a inocência do marido.
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Ela disse que conseguiu falar com ele apenas uma vez através de uma carta, que conseguiu enviar antes da polícia fazer a acusação oficial.
Perguntada se pretende visitá-lo na cadeia, ela disse que ainda não sabe.
Juliana disse ainda, estar disposta a ir a CPI dos Maus Tratos em Brasília, caso seja convocada. George foi interrogado pelo Senador Magno Malta, dias após a polícia apresentar o ínquerito
Você pode ouvir a entrevista da pastora Juliana Salles sobre o caso, no vídeo [Abaixo], publicado pelo canal No Entanto, que vem acompanhando esse caso de perto desde o início.
15 pontos do inquérito sobre pastor que estuprou e ateou fogo no filho e enteado, que vão te fazer chorar
1 – Perto de uma escrivaninha que ficava no box de um banheiro da casa, a polícia confirmou ter encontrado sangue de uma das vítimas.
2 – A polícia não tem dúvidas de que, durante a madrugada, o pastor molestou as duas crianças. Isso aconteceu antes das agressões.
3 – Depois de agredir as crianças, elas acabaram ficando desacordadas, nesse momento, o pastor colocou os dois na cama e ateou fogo em ambos, ainda respirando.
4 – A pericia concluiu que as crianças não morreram por inalar fumaça, e que elas não reagiram por que estavam desacordadas.
5 – A teoria de que algum problema elétrico teria causado o incêndio, foi rapidamente descartada, já que não foram encontrados nenhum vestígios de curto-circuito.
6 – Uma babá eletrônica foi encontrada no quarto, mas ela estava intacta, o que comprova a tese de que o incêndio não se originou por problema elétrico.
7 – O pastor escolheu passear na rua depois de atear fogo contra as crianças. Ele foi visto em vários lugares depois do crime.
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8 – Antes do incêndio, testemunhas relataram ter ouvido gritos das crianças, durante os momentos da agressão.
9 – Vizinhos precisaram derrubar o portão quando chegaram ao local, na tentativa de salvar as crianças.
10 – A perícia constatou que as vítimas morreram no mesmo local em que o incêndio iniciou, confirmando a versão de que 11 estavam desacordadas quando as chamas começaram.
11 – A mãe das crianças não teve envolvimento no crime, a perícia constatou que ela não foi conivente.
12 – A polícia revelou não ter nenhuma previsão de que outras pessoas possam ser indiciadas, já que, o pastor estava sozinho
13 – em casa, e cometeu os crimes enquanto a mãe participava de um congresso evangélico.
14 – A justiça deverá receber o inquérito policial do caso, ainda na próxima semana.
15 Se condenado, o pastor poderá responder por duplo homicídio triplamente qualificado e duplo estupro de vulnerável. A soma máxima das penas é de 126 anos.
A polícia confirmou ainda, que não existem registros de outros casos de pedofilia envolvendo o pastor.