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sexta-feira, abril 19, 2024

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O que aconteceu com o pastor George Alves e sua esposa 8 meses após o crime que chocou o país?

O Brasil ficou perplexo com o caso do pastor George Alves, que assassinou o filho e o enteado em maio de 2018. A tragédia repercutiu bastante, mas em pouco tempo foi esquecido pela grande mídia, e hoje muitas pessoas estão desenformadas sobre o andamento do caso.

Na manhã da última terça-feira (05), por volta das 9 horas da manhã, a  pastora Juliana Pereira Salles Alves, chegou ao Fórum Desembargador Mendes Wanderley, em Linhares. Ela e o marido, Georgeval Alves Gonçalves, conhecido como pastor George, que chegou dez minutos após a esposa em uma viatura da Secretaria de Justiça, foram convocados pelo juiz para mais uma audiência de instrução sobre as mortes dos irmãos Kauã Salles Butkowski, de 6 anos, e Joaquim Salles Alves, de 3 anos.

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Quatro testemunhas de acusação e uma de defesa serão ouvidas. O advogado Siderson Vitorino, que atua como assistente de acusação, afirmou que a expectativa é de que as testemunhas corroborem com a culpa de George e o envolvimento de Juliana no crime. “Até as testemunhas de defesa têm corroborado com isso”, destacou.

O advogado revelou que a família de Rainy Butkoski, pai de Kauã, está inconformada com a soltura de Juliana, que aconteceu em 31 de janeiro. “A liberdade da Juliana pode atrapalhar provas do processo e testemunhas. A lei determina que casos cometidos contra membros da família a regra é a prisão preventiva, a soltura dela desafia o Código de Processo Penal”, lamentou.

Siderson contou que além das audiências realizadas em Vitória e Linhares, aconteceram outras em Governador Valadares e Teófilo, em Minas Gerais, onde testemunhas foram ouvidas por meio de carta precatória.

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Nos dias 12 e 19 deste mês, mais duas audiências serão feitas em Linhares.“A expectativa maior é pelas oitivas de Juliana e George, que serão ouvidos no dia 19. Os dois têm muito a explicar. George precisa explicar como o PSA dele estava dentro dos meninos e Juliana tem que detalhar como deixou os filhos nas mãos dele sabendo de todos os riscos que corriam”, questionou o .

Relembre a tragédia.

O caso do pastor evangélico que está sendo apontado pela polícia como o responsável pelas agressões, estupro e morte de Joaquim de 3 anos (Filho), e Kauã de 6 (Enteado), em um crime que chocou o estado do Espirito Santo em meados de Abril, continua causando indignação e revolta.

Apesar de toda a repercução em torno das investigações, um fato tem chamado a atenção da imprensa. Mesmo depois da polícia ter liberado o inquérito, que inclusive aponta 15 fatos sobre a morte das crianças que chocaram ainda mais quem, desde o início, aguarda o resultado das investigações, os discípulos do pastor George Alves, e fiéis da igreja Vida e Paz, não acreditam na versão exposta no inquérito policial.

Eles acreditam cegamente na inocência do pastor, e inclusive, não admitem que as pessoas o critiquem. Essa, pelo menos, é a versão relatada pelo site Gazeta Online, que conseguiu falar com o ministro de louvor da igreja.

Um dia após a morte dos filhos, o pastor George e a pastora Juliana Salles, ministraram no culto de sua igreja. Eles alegaram abrir mão do luto, escolhendo estar ao lado de sua família espiritual.

Desde que o pastor teve sua prisão preventiva decretada pela justiça, não estão acontecendo cultos na igreja Vida e Paz.

Segundo informações, a pastora Juliana Salles também acredita que o marido seja inocente. Ela preferiu não falar com a imprensa até o momento.

Pastor George Alves estaá preso, acusado de matar o filho e o enteado (Reprodução/Gazeta online)
Pastor George Alves está preso, acusado de matar o filho e o enteado (Reprodução/Gazeta online)

Baixa na defesa

Taycê Aksacki, um dos principais membros do grupo de advogados que defendem voluntariamente o pastor George, desde o início, decidiu abandonar o caso. Ela confirmou a imprensa que não atuará mais em defesa do pastor, mas se negou a esclarecer o motivo de sua decisão.

A advogada deu várias declarações no início das investigações, e sua saída repentina pode influenciar ainda mais a opinião pública contra o pastor.

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O inquérito

O inquérito policial, baseado no resultado da perícia feita no local, concluiu que:

1 – Perto de uma escrivaninha que ficava no box de um banheiro da casa, a polícia confirmou ter encontrado sangue de uma das vítimas.

2 – A polícia não tem dúvidas de que, durante a madrugada, o pastor molestou as duas crianças. Isso aconteceu antes das agressões.

3 – Depois de agredir as crianças, elas acabaram ficando desacordadas, nesse momento, o pastor colocou os dois na cama e ateou fogo em ambos, ainda respirando.

4 – A pericia concluiu que  as crianças não morreram por inalar fumaça, e que elas não reagiram por que estavam desacordadas.

5 – A teoria de que algum problema elétrico teria causado o incêndio, foi rapidamente descartada, já que não foram encontrados nenhum vestígios de curto-circuito.

6 – Uma babá eletrônica foi encontrada no quarto, mas ela estava intacta, o que comprova a tese de que o incêndio não se originou por problema elétrico.

7 – O pastor escolheu passear na rua depois de atear fogo contra as crianças. Ele foi visto em vários lugares depois do crime.

8 – Antes do incêndio, testemunhas relataram ter ouvido gritos das crianças, durante os momentos da agressão.

9 – Vizinhos precisaram derrubar o portão quando chegaram ao local, na tentativa de salvar as crianças.

10 – A perícia constatou que as vítimas morreram no mesmo local em que o incêndio iniciou, confirmando a versão de que 11  estavam desacordadas quando as chamas começaram.

11 – A mãe das crianças não teve envolvimento no crime, a perícia constatou que ela não foi conivente.

12 – A polícia revelou não ter nenhuma previsão de que outras pessoas possam ser indiciadas, já que, o pastor estava sozinho

13 – em casa, e cometeu os crimes enquanto a mãe participava de um congresso evangélico.

14 – A justiça deverá receber o inquérito policial do caso, ainda na próxima semana.

15  – Se condenado, o pastor poderá responder  por duplo homicídio triplamente qualificado e duplo estupro de vulnerável. A soma máxima das penas é de 126 anos.

 

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