Flordelis, a cantora gospel e pastora evangélica que está na mira de uma investigação criminal que apura a morte do seu esposo, o pastor Anderson do Carmo, morto no dia 16 de Junho, na casa do casal.
Nesta quinta-feira (01), o Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, determinou que as investigações sobre a morte do pastor fossem retomadas. Ele entendeu que a morte de Anderson do Carmo não possui ligação com o mandato de Flordelis.
“Diante da notícia de sobrestamento das investigações na origem em decorrência da dúvida acerca da competência para o prosseguimento das investigações, comunique-se, com urgência, o teor da presente decisão ao Juízo da 3ª Vara Criminal da Comarca de Niterói/RJ, para continuidade das investigações“, afirmou o ministro na decisão.
Com a decisão do ministro, Flordelis agora passa a ser investigada pela Polícia Cívil, sem a prerrogativa do foro privilegiado. Para Barroso, “o foro privilegiado constitui instrumento para garantir o livre exercício de certas funções públicas, não havendo sentido em estendê-lo a crimes que, cometidos após a investidura, sejam estranhos ao exercício das respectivas funções”.
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Apesar de as investigações estarem em curso, elementos já divulgados à imprensa, apontam que Flordelis pode haver participado do crime, ou em último caso, sabia do plano para matá-lo. No entanto, ainda não foram divulgadas provas que comprovem efetivamente sua participação na morte do pastor.
Uma linha de investigação apura se Anderson do Carmo estava sendo envenenado por Flordelis e algumas filhas do casal.
Sem a prerrogativa do foro privilegiado, a polícia pode pedir a prisão de Flordelis preventivamente, se entender que ela pode atrapalhar as investigações, ou se compreender que ela possui poder econômico para fugir do país.
A assessoria da deputada enviou uma nota à imprensa sobre a decisão do STF.
Leia abaixo a íntegra de nota divulgada pela assessoria da deputada Flordelis.
Em razão da decisão do STF cabe esclarecer que: a) Em nenhum momento a deputada federal Flordelis solicitou ou reivindicou a prerrogativa de não ser investigada pela polícia e pela Justiça. O STF foi provocado pelo Ministério Público, porque a lei assim exige. b) A decisão não surpreendeu a deputada Flordelis, porque ela tem conhecimento que a prerrogativa só seria aplicada se o crime investigado tivesse ocorrido em razão do mandato dela. c) Antes mesmo da decisão, a deputada esteve à disposição da polícia em todos os momentos em que foi solicitada. d) A deputada tem todo o interesse na solução do caso. Ela precisa saber quem foram os autores do crime e as razões que tiveram. Só depois disso ela terá paz.