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MP abre inquérito para apurar aglomeração em enterro de pastor que morreu de Covid

Pastor Sebastião Rodrigues de Souza (Reprodução)

Pastor Sebastião Rodrigues de Souza (Reprodução)

Em julho de 2020, faleceu o líder da Assembleia de Deus, o pastor Sebastião Rodrigues de Souza, de 89 anos, vítima da Covid-19, no estado do Mato Grosso.

O Ministério Público do Mato Grosso abriu um inquérito para apurar a responsabilidade da aglomeração de 5 mil pessoas, que estiveram presentes no sepultamento do pastor em plena pandemia do coronavírus.

No dia 18 deste mês, o promotor Alexandre Guedes assinou um inquérito, que apura o crime contra a saúde, pois o procedimento fúnebre poderia ser classificado como uma “suposta lesão ao direito da saúde coletiva em razão da aglomeração ilegal” durante a pandemia.

De acordo com o MP, o velório “violou as regras de distanciamento social, então vigentes em Cuiabá, com o consequente aumento do risco de contágio da Covid-19 à comunidade decorrente da aglomeração citada”.

Para José Luiz Leite Lindote, juiz da Vara Estadual da Saúde Pública de Mato Grosso, houve omissão por parte do prefeito e do secretário, pois eles deveriam ter impedido qualquer tipo de aglomeração, mas trataram o sepultamento do pastor como um ato excepcional.

“Pelo seu passado louvado e trabalho realizado em prol da comunidade, é digno e merecedor das maiores homenagens, mas efetivamente o momento não foi apropriado, pois sem dúvida contribuiu para disseminação do vírus”, disse o magistrado na decisão, se referindo ao pastor que faleceu com Covid-19, em Cuiabá.

O pastor Sebastião morreu na manhã do dia 8 de julho de 2020, cinco dias depois da morte do seu filho, que também foi pastor da mesma igreja, o Rubens Siro de Souza, de 68 anos.

 

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