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quarta-feira, abril 24, 2024

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Filha de Ludmila Ferber faz post sobre a mãe e preocupa amigos: “Eu morri com ela”

Uma postagem de Vanessa Murias, filha da pastora Ludmila Ferber, preocupou os seus seguidores e amigos. Vanessa fala sobre uma espécie de crise em que entrou depois que perdeu a mãe, falecida em janeiro deste ano após alguns anos lutando contra um câncer.

A jovem disse que vive como se outra pessoa tivesse ocupado seu lugar depois da morte da mãe.

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“Eu morri com ela. A eu que tinha mãe morreu e entrou essa aqui no lugar. Ela é legal, mas não consegue lidar com nada, é meio inconsequente de vez em quando e meio desesperada pra se sentir bem”, escreveu ela.

Em outro trecho, Vanessa fala que já havia se acostumado com a vida sem pai. “E eu não esperava que fosse ser assim porque ela/eu já tinha se acostumado a ser a que não tinha mais vô, vó, pai”, disse.

Leia o texto na íntegra:

“Eu morri com ela. a eu que tinha mãe morreu e entrou essa aqui no lugar. ela é legal, mas não consegue lidar com nada, é meio inconsequente de vez em quando e meio desesperada pra se sentir bem.

É isso que acontece quando você sente a pior dor da sua vida? como alguém sobrevive a isso? e como alguém sobrevive a perder um filho então?

Ah. não sobrevive né. porque você morre e vem outra pessoa no seu lugar. sem mãe, sem irmã, sem filho, sem pai, sem aquela pessoa que não podia morrer, não deveria morrer, qual é o sentido dessa pessoa morrer?! por isso acho que eu dei uma endoidada. não tem como não endoidar, você foi substituída mas segue no mesmo lugar e ainda por cima sem alguém que não deveria morrer? qual o sentido disso? nenhum.

Então você dá uma endoidada. e o mundo inteiro espera ações da antiga eu, a que não endoidou. a que tinha mãe. e eu não esperava que fosse ser assim porque ela/eu já tinha se acostumado a ser a que não tinha mais vô, vó, pai… nem teve que morrer pra nada disso, só conseguir entender rápido como ser assim.

Quão mais difícil poderia ser? tão difícil que ela morreu junto. e sou essa nova aqui. prazer, sou a vanessa sem mãe. foi mal pelo transtorno, não sei te dizer ao certo quando as coisas vão voltar ao “normal”.

Seja lá o que isso for. é que aprender a existir e correr atrás do resto da sua vida enquanto todo o seu corpo dói é mais difícil do que dão crédito. ou talvez só eu que não tenha dado. sei lá. porque muita gente a minha volta acha que já deu tempo de eu ficar bem, da dor não me endoidar mais.

Talvez porque não tenham endoidado de dor ainda. quem já morreu e endoidou normalmente me entende melhor. a gente devia fazer um clube. clube dos doidos sem alguém que não podia morrer, não deveria morrer, QUAL O SENTIDO DELA MORRER?! o nome é bom. quando eu conseguir existir melhor, faço a patente.”

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