Uma crise se instalou na Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB) como nunca visto em décadas, segundo seus integrantes.
O que desencadeou tal crise, foi a prisão do pastor e ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro. A IPB é pressionada nas redes sociais e por igrejas a se manifestar sobre o caso, enquanto os integrantes da cúpula da denominação divergem em discussões sobre qual postura adotar.
Na reunião bimestral do Conselho de Administração do Mackenzie, na última quinta-feira (23), o caso Milton Ribeiro foi o principal tema.
De acordo com relatos, Roberto Brasileiro, presidente do Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil, pediu para os conselheiros ficarem como “passarinho na muda”, uma expressão que significa manterem silêncio e esperarem os desdobramentos da investigação da PF (Polícia Federal).
Brasileiro também informou que Milton, ex-vice-reitor do Mackenzie, não será afastado pela cúpula da igreja e que a instituição não irá se manifestar publicamente sobre o assunto.
Segundo integrantes do colegiado, o presbítero Antônio César, que visitou Milton Ribeiro na Superintendência da Polícia Federal em São Paulo, no dia da prisão, disse na reunião que, durante a visita, Milton falou que suas mãos estavam limpas e que a investigação da PF irá comprovar a sua inocência.
Roberto Brasileiro, que está em seu quinto mandato e segue desde 2002 no mais alto posto da IPB, é considerado pelos religiosos e aliados como um pastor conciliador, com interlocução com todas as alas da igreja presbiteriana.