Neste domingo (03/07), o pastor Márcio Valadão voltou a ministrar cultos na igreja matriz da Lagoinha, em Belo Horizonte, após algum tempo afastado dos púlpitos.
O culto aconteceu pela manhã na sede da denominação, na Região Noroeste de BH. Em um determinado momento, o presidente da Lagoinha revelou que o homem que tentou lhe sequestrar em 2013, foi ordenado pastor na última semana.
O nome dele é Luciano Ramiro, que na época se juntou com alguns comparsas e foi para um bairro nobre da Região da Pampulha, na capital mineira, a fim de cometer crimes, entre eles, sequestro.
O intuito do bando era sequestrar as vítimas e levá-las para casa, a fim de roubar dinheiro e objetos de valor.
No dia da tentativa de sequestro, os criminosos escolheram um quarteirão específico do bairro e avistaram o pastor Márcio Valadão caminhando na calçada. Logo, Luciano reconheceu o religioso e alertou os comparsas sobre ele.
Para o homem, essa era a chance de roubar o pastor, já que ele sabia onde o líder religioso morava. O grupo criminoso resolveu abordar Valadão para pedir informações e, em seguida, o sequestrar.
Assim que os criminosos se aproximaram de Márcio, eles tentaram subir o veículo na calçada, mas algo travou o carro e ele não prosseguiu. Então, o bando não pensou duas vezes e tentou abrir as portas, mas ao fazer isso, foi impedido por um mau funcionamento delas que, por algum motivo, não quiseram abrir.
O grupo deu mais uma volta no quarteirão e avistou novamente o pastor Márcio Valadão. Então, os criminosos pararam o veículo, e ao abrirem a porta e anunciarem o sequestro, avistaram algo que atrapalhou os seus planos.
Na mesma hora, passou uma viatura da Polícia Militar, que na época chamava-se “Patrulha do bairro”. O veículo do bando chamou a atenção dos militares e os sujeitos decidiram não cometer o crime.
Conversão e ordenação a pastor
Luciano foi preso em outras ocasiões. Em um dia na cadeia, ouvindo a pregação do pastor André Valadão, o jovem decidiu entregar sua vida para Jesus, após ouvir sobre o perdão de Deus.
“Naquele dia, ouvindo a pregação com minha caixinha de som, naquela cela fria com mais de 28 pessoas, eu me entreguei e falei ‘Deus, quero ser uma pessoa boa, um homem de Deus, você pode me libertar’”, disse ele.
Alguns dias depois, Luciano escreveu uma carta de dentro da cadeia para o pastor Márcio, pedindo perdão pelo ocorrido, e assim que deixou a prisão, foi pessoalmente na casa do pastor buscar o perdão.
Nos últimos meses, Luciano e a esposa se voluntariaram na Igreja Batista da Lagoinha para servir. Na última quinta-feira (30/06), ele e mais um grupo de membros foram consagrados pastores da instituição.
“E se cumpre em minha vida a palavra selada e confirmada pelo Espírito Santo de Deus através de muitos homens e mulheres de Deus sobre meu chamado pastoral”, disse ele na última quinta.