A ex-deputada federal e cantora gospel Flordelis foi destaque de todos os portais de notícia nesta terça-feira, 1º de novembro.
Ela voltou de uma visita no presídio Talavera Bruce, localizado no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, Zona Oeste do Rio, com R$ 72 em espécie escondidos em roupas íntimas, além de anotações com números de telefones dos seus advogados.
Diante disso, a Secretaria de Administração Penitenciária do Rio (Seap) abriu um processo interno para apurar se Flordelis sofre extorsão e ameaças na cadeia.
A policial penal Fabiana Borges Ribeiro está sendo investigada. Ela é apontada por Flordelis como uma das responsáveis por “constrangimentos” sofridos na prisão.
De acordo com o advogado Rodrigo Faucz, a pastora tem a sua integridade física e psicológica violada no presídio.
“Eu mesmo mandei ela ter sempre anotado o meu telefone para caso acontecesse alguma coisa, para quando ela fosse extorquida, para quando ela tivesse que assinar alguma coisa, sempre me ligar antes para a gente mandar um advogado lá para ser acompanhada. Várias vezes ela foi ouvida e perguntaram quem é o advogado, como se não soubessem”, contou.
Faucz alega ainda que a acusação não tem provas para a condenação de Flordelis e estaria tentando prejudicar a imagem da ex-deputada como estratégia para jogar a opinião pública contra ela.
“Essa investigação diz respeito a uma petição que os advogados da Flordelis protocolaram na delegacia questionando e pedindo que fosse apurado um possível crime de extorsão imputado a agentes penitenciários e a outras detentas. Basicamente, eles dizem que esses problemas carcerários que a Flordelis teve foram problemas forjados para que tentassem tomar o dinheiro dela. Está muito principiante essa investigação.
É algo muito preliminar. A gente ainda não sabe se o fato é real ou tentativa de tumultuar o processo”, explicou o delegado Bruno Gilaberte.
De acordo com a Seap, os policiais penais citados na denúncia de Flordelis foram removidos da unidade, de forma preventiva, no dia 19 de outubro.