O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e pastor evangélico, André Mendonça, passou a ser alvo de uma série de críticas feitas por um grupo de bolsonaristas radicais, que passaram a chamá-lo de “terrivelmente covarde e traíra”, depois que ele votou a favor da soltura do ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral.
Pastores conhecidos, que celebraram publicamente quando Mendonça foi indicado para o Supremo, fizeram duras críticas ao voto do ministro.
No entanto, André Mendonça não está fazendo nada além do que prometeu quando tomou posse no STF, no dia 16 de dezembro de 2021. Na ocasião, em seu breve discurso, ele prometeu que, seu único compromisso no STF, seria com “a democracia, com os valores da nossa Constituição, em especial, com a Justiça enquanto valor e ideal”.
Ao que se percebe, aliados do presidente derrotado Jair Bolsonaro (PL) esperavam que o ministro se comportasse na Suprema Corte como um bolsonarista, e que votasse de acordo com os ideais que essa militância defende, porém, ao que se percebe, ele mantém firme o seu compromisso feito com os brasileiros, e em cada voto, por mais que desagrade aos “aliados”, segue cumprindo a promessa.
Leia um trecho do discurso do ministro André Mendonça durante a cerimônia de posse:
“Queria reiterar (o compromisso) com a democracia, com os valores da nossa Constituição, em especial, com a Justiça enquanto valor e ideal que nós buscamos. Eu espero poder contribuir com a Justiça brasileira, com o Supremo Tribunal Federal e ser, ao longo destes anos, um servidor e um ministro que ajude a consolidar a democracia, e esses valores e direitos que já estão estabelecidos e que vierem a ser estabelecidos”, enfatizou, o “ministro terrivelmente evangélico”, declarou.