Os dois ex-bispos e atuais pastores da Igreja Universal do Reino de Deus, irão a júri popular, no dia 25 de abril, às 8 horas, no Tribunal de Justiça da Bahia.

Eles são acusados de terem participado do estupro e da morte do adolescente de 14 anos, Lucas Vargas Terra.

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O crime, que chocou o país, ocorreu no dia 21 de março de 2001, em Salvador, Bahia, dentro do templo da própria Igreja Universal do Reino de Deus, onde o estudante era obreiro e sonhava em ser médico ou pastor.

O adolescente Lucas Terra, foi estuprado, queimado vivo até a morte pelos acusados. Depois de 22 anos de impunidade, os religiosos finalmente serão julgados.

Em 2008, o pastor Fernando Aparecido da Silva chegou a ser preso, mas em poucos meses, passou a responder o processo em liberdade.

Outro envolvido, que foi preso foi o pastor Silvio Roberto Galiza, que condenado a 15 anos de prisão, mas está em liberdade condicional desde 2012

A mãe da vítima, Marion Terra, e o pai, José Carlos Terra, chegaram a ir a vários tribunais internacionais pedindo por justiça, mas esse não aguentou, tendo falecido em fevereiro de 2019, antes de poder assistir ao julgamento de todos os envolvidos.

“Meu filho foi colocado dentro de uma Caixa de Madeirit, amarrado e amordaçado para não gritar. Carbonizaram seu corpo para encobrir os vestígios de pedofilia”, disse José Terra Carloa em 2003, em uma carta divulgada na internet pedindo justiça.

Relembre o Caso

Na noite de 21 de março, o adolescente foi convocado pelo pastor Silvio Roberto Galiza para ir de ônibus à Universal da Pituba (BA), a quatro quilômetros da igreja em Santa Cruz, para receber a gravata de obreiro.

Chegado ao local, o adolescente foi levado a força para outro templo da Universal, em Rio Vermelho, onde foi torturado e abusado sexualmente. Em seguida, Lucas foi colocado dentro de um caixote e carbonizado vivo em um terreno baldio na Avenida Vasco da Gama, em Salvador.

Segundo as investigações, Lucas flagrou os pastores Fernando Aparecido da Silva e Joel Miranda Macedo em um ato sexual no templo. Por este motivo, o jovem foi assassinado, conforme relatou Galiza, em um depoimento feito em 2008.