Um pastor evangélico resolveu usar o auditório do Centro de Ensino Especial 1 Gama, em Brasília, para celebração de cultos evangélicos aos domingos.
Na porta da escola pública, o religioso colocou a placa da denominação, “Igreja Renascer”, onde divulga os horários das cerimônias religiosas. O caso tem dividido as opiniões dos moradores e gerado polêmica.
“O Estado é laico, e uma escola que funciona com os impostos do povo tem dentro uma igreja. Tem uma questão mais grave, que é o fato de ser dentro de um centro de ensino especial e coloca uma igreja para supostamente amparar pessoas especiais. Acredito que isso pesa mais”, disse uma moradora à reportagem do Metrópoles.
Segundo o Governo do Distrito Federal (GDF), os Centros de Ensino Especial são escolas especializadas para atendimento complementar a estudantes com deficiência incluídos em escolas regulares e para estudantes com maior grau de comprometimento em caráter exclusivo.
A administração escolar disse a reportagem que as cerimônias ocorrem durante o ano inteiro, mesmo no período de férias escolares. No perfil da igreja no Instagram, indica a escola como o próprio endereço.
“Pedimos autorização à diretoria e nos foi dada. A escola atende a comunidade. Aqui, às terças-feiras, tem aulinha de futebol. Por que futebol e zumba podem e uma igreja não? ”, questionou o pastor Rodrigo, responsável pelos cultos.
Após questionamentos, o Governo do Distrito Federal (GDF) respondeu com o Decreto nº 22.911, de 2002, que permite a entidades sem fins lucrativos a realização de atividades religiosas, sociais, esportivas, culturais e de serviço social.
O documento inclusive informa que o Poder Executivo do Distrito Federal pode proceder com a cobrança da taxa pública pela autorização de uso.
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