As ações recentes do governo do Estado de São Paulo, liderado por Tarcisio, vêm gerando preocupações e críticas entre diversos setores da sociedade. O Ministério Público de São Paulo (MPSP) iniciou uma investigação sobre o secretário estadual da Educação, Renato Feder, devido a um possível conflito de interesses relacionado a contratos celebrados com uma empresa da qual é acionista.
Este inquérito teve início em março e, em julho, foi encaminhado à Procuradoria-Geral. A PGJ aguarda mais informações da promotoria para proceder com a análise. Feder, em sua defesa, alegou que os contratos em questão foram estabelecidos em 2022, antes de sua nomeação como secretário. Adicionalmente, comprometeu-se a não celebrar novos contratos com a empresa, Multilaser, durante seu mandato.
Apesar de os contratos terem sido realizados na administração anterior, a empresa enfrenta alegações de atraso na entrega de computadores, com a Secretaria de Educação esperando recebimento até o final de agosto. O pagamento à empresa só será efetuado após confirmação da entrega dos equipamentos.
A gestão de Tarcisio também está sob escrutínio por uma recente decisão educacional. O MPSP investiga a resolução do governo de não adotar o material didático do Programa Nacional de Livros Didáticos (PNLD) para estudantes do 6º ano em diante, a partir de 2024. Em vez disso, o governo paulista optou por um formato digital próprio para o segundo ciclo do ensino fundamental e ensino médio.
Essa mudança foi alvo de críticas de profissionais da educação, que a consideram um erro significativo. As principais preocupações citadas incluem a falta de consulta às comunidades escolares e a ausência de participação do Conselho Estadual de Educação na decisão. Estes pontos podem representar uma violação aos princípios da gestão democrática do ensino público.
Vale lembrar que o governador Tarcisio foi eleito com substancial apoio dos evangélicos, e muitos agora observam suas decisões de perto, esperando que ele cumpra com as expectativas criadas durante sua campanha.