O governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas (Republicanos), parece estar, progressivamente, distanciando-se da comunidade evangélica. Eleito com amplo respaldo dos líderes eclesiásticos em São Paulo, Freitas, que ao longo de 2022 esteve assiduamente visitando congregações e encontrando-se com líderes religiosos, parece, uma vez empossado, restringir encontros com pastores e outros representantes desse segmento.
Diversos pastores têm criticado obstáculos para coordenar reuniões com o governador e, em situações onde ele é convidado para eventos em igrejas evangélicas, tem optado por enviar representantes.
O argumento defendido por assesores e apoiadores para o afastamento do governador em relação aos evangélicos é seu intento em liderar um governo mais técnico e não exclusivamente vinculado à fé. Esse argumento foi reforçado por assessores e aliados quando Freitas foi visto venerando a imagem de uma santa. A alegação é de um compromisso em administrar para todos, não focando somente em um grupo religioso.
Entretanto, percebe-se que o governador de São Paulo está adotando uma abordagem similar à do presidente Lula, que, até o presente momento, quase um ano do seu terceiro mandato, não demonstrou interesse em diálogar com a comunidade evangélica.