O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, do partido Republicanos, está preparando uma série de mudanças estratégicas em seu secretariado, com foco específico na Secretaria de Turismo. Estas alterações têm como objetivo principal beneficiar Danilo Campetti, ex-agente da Polícia Federal, que recentemente foi afastado de suas funções.
Fontes próximas ao governador indicam que uma reformulação no secretariado já estava em curso, e a Secretaria de Turismo, atualmente comandada por Roberto de Lucena, surgiu como o ambiente propício para realocar Campetti, sem gerar atritos significativos com as lideranças do Republicanos.
Roberto de Lucena, ex-deputado e atual secretário de Turismo, deverá ser substituído por um representante da Assembleia Legislativa (Alesp), possivelmente Altair Moraes, líder do partido na Assembleia. Essa movimentação possibilitaria a Campetti a assunção de um mandato na Assembleia, considerando sua posição de primeiro suplente da coligação.
Estratégias e Implicações
O cenário esboçado pelas mudanças é visto como uma manobra astuta por parte de assessores do governador e de deputados estaduais. Altair Moraes não é apenas um nome forte dentro do partido Republicanos, mas também pastor da Igreja Universal do Reino de Deus, fortalecendo assim a relação do governo com entidades religiosas e o braço político da igreja. Moraes desfruta da confiança de personalidades influentes dentro do partido, como o presidente Marcos Pereira.
Ao nomear Moraes para a pasta do Turismo, Tarcísio de Freitas estaria, simultaneamente, cumprindo uma promessa de campanha, na qual Moraes figuraria como líder do governo na Alesp. A escolha inicial para esta função recaiu sobre Jorge Wilson, também do Republicanos, mas sem ligações expressivas com as lideranças do partido.
A saída de um secretário pastor evidencia o dificil relacionamento do governador de São Paulo com os evangélicos no Estado. Importante lembrar que foram os evangélicos que mais se engajaram na campanha de Freitas.