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sábado, maio 4, 2024

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Como pastor do PCC fez fortuna comprando igrejas para lavar dinheiro

No interior de São Paulo, em um condomínio de luxo em Sorocaba, Geraldo dos Santos Filho, de 48 anos, conhecido como Pastor Júnior, foi preso há pouco mais de um ano, acusado de lavar dinheiro para o Primeiro Comando da Capital (PCC) utilizando igrejas evangélicas. De acordo com investigações do Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN), o pastor teria acumulado um patrimônio de pelo menos R$ 6 milhões nesse esquema.

Pastor Júnior é irmão de Valdeci Alves dos Santos, apelidado de Colorido, um dos líderes da facção criminosa até sua prisão pela Polícia Rodoviária Federal no sertão de Pernambuco, em abril de 2022. Ambos são naturais de Jardim de Piranhas, Rio Grande do Norte, e migraram para São Paulo no início da vida adulta. Lá, se envolveram com atividades criminosas e se filiaram ao PCC, embora tenham seguido caminhos distintos dentro da organização. “Valdeci ascendeu na hierarquia da facção e Geraldo acabou enveredando para o ramo das igrejas evangélicas, sem ocupar nenhum posto de liderança na organização criminosa”, afirma Augusto Lima, promotor do MPRN.

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O MPRN identificou que Geraldo comprou cinco igrejas no Rio Grande do Norte e duas em São Paulo. Essas instituições teriam sido usadas para lavar dinheiro proveniente do tráfico de drogas, a principal fonte de renda do PCC.

Geraldo foi preso pela primeira vez em fevereiro de 2002 com 12 quilos de cocaína em seu carro na Rodovia Castelo Branco. Condenado inicialmente a sete anos e seis meses em regime fechado, fugiu após a publicação da sentença em 2003. Recapturado em 2019, já havia aumentado seu patrimônio consideravelmente através do uso de “laranjas” para adquirir propriedades e igrejas, de acordo com os promotores. A estimativa é que ele tenha acumulado pelo menos R$ 6,1 milhões de 2002 a 2019.

Atualmente, Geraldo e seu irmão Valdeci estão detidos no sistema penitenciário federal, aguardando julgamento pelas acusações recentes. As investigações sobre o uso de instituições religiosas para atividades de lavagem de dinheiro continuam, visando desarticular o crime organizado no Brasil.

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