No último domingo (25/3), uma operação da Polícia Federal culminou na prisão de Rivaldo Barbosa, delegado apontado como o “mentor intelectual” por trás do assassinato de Marielle Franco. Além de Barbosa, os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão foram detidos sob a acusação de serem os mandantes do crime.
Barbosa é membro ativo da Primeira Igreja Batista (PIB) do Recreio dos Bandeirantes, localizada na zona oeste do Rio de Janeiro.
Identificado com a fé evangélica, Barbosa compartilhava em seu perfil no Instagram diversos conteúdos religiosos, incluindo vídeos de louvores gravados na PIB Recreio. A comunidade da igreja, onde o delegado e sua esposa — também investigada pela Polícia Federal — eram conhecidos por participarem regularmente dos cultos dominicais, reagiu com surpresa às notícias. Segundo membros da congregação, apesar da frequência assídua, o casal não se envolvia diretamente nos ministérios ou atividades ministeriais da igreja.
A prisão de Barbosa, que já ocupou o cargo de chefe da Secretaria de Polícia Civil do Rio de Janeiro, levanta questões sobre a possível obstrução das investigações do assassinato de Marielle Franco, que ocorreu em março de 2018 e desde então tem sido um caso emblemático de violência política no Brasil.