Diversas culturas ao redor do mundo adotaram o beija-mão como uma cerimônia pública de extrema reverência. Na monarquia portuguesa e na corte imperial brasileira, era o momento em que o monarca descia de sua glória e permitia que o vassalo o tocasse. Depois de beijar a mão do monarca e reverenciá-lo, só então o súdito podia aproveitar a ocasião para solicitar alguma mercê.
Na Nação Madureira a família real parece ter preservado essa cultura, e é muito comum ver cenas onde os súditos que ocupam altos cargos dentro do império, precisam beijar a mão do seu senhor a todo instante, para demonstrar publicamente a sua lealdade e gratidão pelos monarcas os permitir viver sob seu governo.
Aliás, não é qualquer um que pode beijar a mão do santo bispo Samuel Ferreira, por exemplo, esse é um privilégio que poucos podem obter, e por mais humilhante que pareça, tem gente que sonha em poder tocar na mão fria do bispo, já tremula por algum problema de saúde não revelado publicamente, e leva-la aos seus lábios impuros.
Quem o faz constantemente é o deputado federal Cezinha, que leva o nome Madureira como alcunha, e que é considerado o porta-voz do santo bispo no parlamento.
Bem articulado e sempre com um sorriso no rosto, no tabuleiro de Samuel Ferreira, Cezinha é mais que um peão, que limita-se apenas a dar um passo de cada vez e pode ser facilmente substituido – como é o caso do Oseias – ele está mais para uma torre, que embora possa percorrer várias casas de uma só vez, tem sempre que andar em linha reta, enquanto Samuel que tudo sabe, atua como a rainha, vendo tudo e alcançando a todos no tabuleiro.
Para manter-se no jogo, Cezinha paga o preço de não ter liberdade de escolher sequer os seus assessores, visto que a maioria deles são pastores ou esposas de pastores, vide o Portal da Transparência da Câmara.
Uma fonte garantiu que até o salário de Cezinha fica a disposição do bispo, mas isso certamente deve ser feiqui nius.
