Thalles Roberto já foi considerado um fenômeno da música gospel brasileira, tendo alcançado patamares inimagináveis para um cantor evangélico.
Dono de vários hits, Thalles tinha uma das agendas mais caras e disputadas do país, com uma média de 28 shows por mês.
No auge de sua carreira, o sucesso do cantor foi tão absurdo que oportunizou a ele um contrato internacional com o selo Motown, conhecido por lançar artistas de música negra americana, como Marvin Gaye, Stevie Wonder e Michael Jackson.
No entanto, o cantor não se contentou em ser um dos maiores artistas gospel do país e passou a falar em seus shows que iria deixar de gravar para os evangélicos e passaria a gravar música secular.
Em um evento, em 2015, Thalles fez críticas à música gospel e disse que estava“acima da média” e “no meio de gente fraca”. “Aqui [no meio gospel] é bater em bêbado. Música gospel é tudo igual. Qualquer um escreve e faz”, disparou.
O cantor rebaixou todos os cantores gospel do Brasil, dizendo que era o melhor de todos eles juntos e afirmou que iria fazer sucesso como “Os Beatles”.
A arrogância de Thalles culminou para o seu cancelamento unânime e ele perdeu todas as suas agendas de shows.
Após a repercussão negativa, o cantor precisou sair dos holofotes e foi tentar fazer sucesso em países de língua espanhola, regravando no idioma todas as músicas que um dia foram sucesso no Brasil.
Alguns anos depois, Thalles voltou a morar no Brasil e pediu perdão por tudo que tinha falado, iniciando praticamente do zero.
Todavia, o cantor não conseguiu mais ocupar o espaço que outrora tinha ocupado na música gospel, e dentre várias músicas inéditas que já lançou, nenhuma se tornou hit.
O atual cenário musical evangélico no Brasil tem se renovado, mas cantores como Shirley Carvalhaes, Sarah farias, Eli soares, entre outros, continuam se mantendo no mercado.
O mesmo não acontece com Thalles Roberto, que um dia falou que fazer música gospel era como “dar tapa em bêbado” e que era muito fácil. Ele luta para reencontrar o seu lugar ao sol.