Quando o presidente Bolsonaro iniciou sua peregrinação pelas igrejas evangélicas em busca de apoio à sua reeleição, dialogando com as principais lideranças religiosas do país, ele conseguiu um verdadeiro exército de propagadores do seu “evangelho”, que de forma apaixonada, quase como sendo uma religião dentro do cristianismo, passou a difundir as idéias bolsonaristas, e a fomentar o “nós contra eles” num contexto monstruosamente espiritual.

Pregadores itinerantes e locais levavam a mensagem do terror que decairia sobre a face da terra, caso Lula fosse eleito. O vídeo de um pastor durante um pregação narrando um visão que teve, de que havia uma porta, e que do outro lado dela estavam milhares de demônios ansiosos por entrar por ela. E segundo o pastor, a igreja segurava a grande porta, impedindo que os demônios entrassem.

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Na simbologia pregada pelo pastor, os demônios seriam Lula e os políticos de esquerda, que queriam de qualquer forma entrar no governo e destruir a nação com suas ideologias profanas e imorais, e a igreja era o único povo capaz de impedir que isso acontecesse.

Pregações como esta se tornaram cada vez mais comum, especialmente com profecias de que Lula não venceria. Mas o Lula venceu no segundo turno das eleições, então as profecias e revelações mudaram, e passaram a mirar na posse.

Para vários profetas, Lula não subiria a rampa, ou seja, não tomaria posse. E o fim da história, é que todos que profetizaram isso em nome de Deus, que falaram ter ouvido de Deus que Lula não seria o presidente do Brasil novamente, mentiram.

Eles não erraram uma profecia, eles mentiram de forma descarada, e se mentiram sobre isso, sobre o que mais será que mentem?