O Ministério Público de Portugal arquivou um inquérito que investigava uma suposta rede ilegal de adoção de crianças. O suposto esquema era mantido pela Igreja Universal do Reino de Deus, em 1990. A informação foi confirmada pela Procuradoria-Geral de Portugal, neste sábado (18).

O inquérito havia sido instaurado no ano de 2017, após uma série de reportagens da rede de televisão TVI, ser exibidas, onde fazia falsas declarações a respeito de adoções de crianças.

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Todas as reportagens foram articuladas pelo ex-bispo da Universal, Alfredo Paulo, que participou da série como uma das fontes.

Durante as reportagens, supostos pais biológicos alegavam terem sido enganados para que seus filhos pudessem ser adotados na igreja. Uma acusação caluniosa que, de acordo com o despacho de arquivamento do inquérito, foi desmentida durante a investigação.

Além disso, os supostos pais declararam não terem assinado qualquer documento para adoção das crianças. Contudo, a investigação também provou o contrário. “foi igualmente desmentido por parte das restantes diligências de prova”, reiterou o juiz no despacho.

Nenhum pai nunca havia apresentado, sequer, uma queixa contra a Universal, antes das reportagens exibidas pela TVI, o que também foi considerado pelo judiciário português “não houve notícia de qualquer pai ou mãe biológica que tivesse junto de qualquer entidade pública apresentado queixa pelo desaparecimento de qualquer criança ou da impossibilidade de aceder a qualquer criança”, diz.