back to top
domingo, maio 19, 2024

Mais lidas do dia

Quem são os pastores que usam as redes sociais para debate político?

Com milhões de seguidores no YouTube, Facebook, Twitter e Instagram, muitos pastores famosos usam de diversas ferramentas para expor seus posicionamentos políticos. De acordo com um levantamento do Globo, os maiores canais desse tipo na web são de pregadores conservadores e apoiadores do presidente Bolsonaro.

O ranking do Globo traz como primeiro colocado o pastor Claudio Duarte, seguido por André Valadão, Silas Malafaia e Lucinho Barreto. O que todos eles têm em comum são postagens de apoio ao governo e fotos de participação em atos pró-Bolsonaro, como do dia 7 de setembro de 2021.

📱 Participe dos canais do Fuxico Gospel no WhatsApp.

O pastor André Valadão, por exemplo, frequentemente usa o seu Instagram para falar sobre política. Com 4,8 milhões de seguidores na plataforma, o influenciador usa a caixinha de perguntas da rede social para orientar o seu rebanho.

“Pastor, é pecado ser de esquerda?”, perguntou um internauta. Em tom informal, gravando respostas dentro de um carro, André aconselhou: “A ideologia de esquerda é contra a palavra de Deus. Pode estudar mais um pouco que você vai ver isso”.

Na última semana, o religioso organizou nos Estados Unidos um evento conservador sobre política e religião com transmissão no YouTube. Participaram do evento o jornalista Allan dos Santos e o ministro das Comunicações, Fabio Faria.

Outro nome de peso na lista é o pastor Marcos Botelho, um dos primeiros religiosos a usar as redes sociais (seu canal do Youtube é de 2006), para falar sobre questões políticas com uma postura neutra.

De acordo com Botelho, é inevitável esbarrar na esfera política, quando se reflete sobre os valores bíblicos, o que “não quer dizer que tem que ser partidário ou apoiador de certas pessoas”.

O pastor se define como “nem de esquerda, nem de centro e nem de direita, mas nascido do alto (João 3.3)”. Ele costuma gravar vídeos respondendo dúvidas de seus seguidores, e também denuncia que muitos pastores acabam virando agentes políticos nas mãos de um projeto de poder.

“Usar esse local e a autoridade pastoral para fazer campanhas, indicar políticos e fazer terrorismo espiritual contra o candidato que discorda é aberração bíblica, se chama voto de cajado”, afirma Marcos Botelho.

Também existem pastores que se definem de esquerda, como é o caso do pastor Henrique Vieira, da Igreja Batista do Caminho. O religioso costuma levantar bandeiras em suas redes ligadas à justiça social e aos direitos humanos.

No Instagram do pastor, por exemplo, há publicações de apoio ao Movimento dos Sem Terra (MST), fotos com Lula (PT) e diversas críticas ao presidente Bolsonaro.

“Considero saudável as lideranças religiosas se posicionarem desde que baseado no respeito às diferenças, à democracia e ao Estado laico”, diz Vieira.

Imagem O GLOBO

 

Relacionados

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor, insira seu comentário!
Please enter your name here

popular