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quarta-feira, maio 8, 2024

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Pr. Livingston Farias analisa as mudanças na música gospel brasileira

Livingston Farias, um pastor, compositor e escritor brasileiro, recentemente compartilhou suas reflexões em uma entrevista ao “O Fuxico Gospel”. Farias, cuja carreira se estende por várias décadas, se tornou uma voz respeitada na comunidade cristã brasileira. Sua perspicácia e experiência lhe dão uma visão única sobre as questões que afetam a esfera religiosa, em particular, a influência cultural na música gospel.

A entrevista aconteceu em um contexto de crescente debate sobre a direção e a identidade da música gospel no Brasil. Com uma base de ouvintes estimada em milhões, a música gospel brasileira desempenha um papel importante na vida religiosa do país. No entanto, ao longo dos anos, surgiram preocupações sobre a originalidade e a autenticidade cultural dessas canções.

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O pastor iniciou a entrevista relembrando a era da “música pentecostal”, uma expressão da fé cristã profundamente enraizada na cultura brasileira. Ele a descreveu como uma música “genuína, espontânea, com raiz”. Essa música era um reflexo da identidade cultural brasileira, expressando a devoção religiosa das pessoas de uma maneira que era autêntica e significativa para elas.

No entanto, ao longo das últimas décadas, Livingston percebeu uma mudança na música gospel brasileira. Segundo ele, essa mudança foi desencadeada por uma crescente influência da cultura estrangeira na música gospel local. Ele observou que muitos artistas brasileiros começaram a imitar o estilo musical e os temas das canções de louvor produzidas nos Estados Unidos e no Reino Unido, um fenômeno que ele chamou de “arrasto cultural”.

“Vivemos um período de muita influência externa”, afirmou Farias. Ele explicou que, embora não haja nada errado em incorporar elementos estrangeiros, tornou-se problemático quando a música brasileira começou a perder sua identidade original. A música pentecostal brasileira, que uma vez floresceu como uma expressão autêntica da fé cristã brasileira, foi sendo substituída por uma música que refletia mais a cultura norte-americana e britânica do que a brasileira.

O pastor citou como exemplo os cultos em igrejas nos Estados Unidos, onde percebeu que a música estava focada em celebrar e promover a própria cultura norte-americana. Ele viu um paralelo preocupante com o Brasil, onde a música nos cultos estava se tornando menos brasileira e mais norte-americana.

O pastor criticou especialmente a prática de gravar versões brasileiras de canções de adoração estrangeiras, em vez de criar novas canções originais. Ele chamou isso de “cultura de oportunidade versional”, uma prática que considera prejudicial para a música gospel brasileira. Segundo Farias, essa tendência resultou em um “desperdício de acervo intelectual criacionista”, pois os compositores brasileiros têm menos oportunidades para criar e apresentar seu trabalho.

Assista ao trecho da entrevista:


Na visão de Farias, o Brasil tem uma rica cultura musical que deve ser celebrada e preservada. Ele fez um apelo por uma “congregacionalidade brasileira”, onde a música gospel brasileira reflita e celebre a cultura e as tradições brasileiras. Para Farias, essa seria a maneira de restaurar a originalidade e a autenticidade na música gospel brasileira, garantindo que ela continue sendo uma expressão significativa da fé cristã no Brasil.

Assista a integra da entrevista:

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