back to top
sábado, abril 27, 2024

Top 5 da semana

Autor de “Pavão Pavãozinho” nega progressismo: “Os tempos eram outros”

Em 2010, o álbum “Glória” de Fernanda Brum trouxe ao público a canção “Pavão Pavãozinho”, composta pelo pastor Livingston Farias, marcando profundamente a música gospel com sua mensagem voltada à realidade social brasileira, especialmente nas comunidades do Rio de Janeiro.

O sucesso não apenas ressoou nas igrejas, mas também se destacou pela sua abordagem crítica à miséria e ao abandono vividos nas favelas, chamando a atenção para a necessidade de justiça e ação social no Brasil.

📱 Participe dos canais do Fuxico Gospel no WhatsApp.

Recentemente, após a publicação de uma matéria pelo O Fuxico Gospel que comparou a música de Fernanda Brum com a canção “Evangelho de Fariseus” de Aymeeê Rocha, apontava a canção como sendo de uma linha progressista, o pastor Livingston, autor da canção, procurou a redação para compartilhar sua versão e profundas intenções por trás da criação de “Pavão Pavãozinho”.

Em uma nota detalhada, o pastor enfatizou que a canção é fruto de um contexto bem diferente do atual, destacando a transformação das estruturas geopolíticas e eclesiais desde sua composição.

Os tempos eram outros… As estruturas Geo Políticos eram outras, e a Situação Eclesial do Brasil pentecostal era outra…“, lembrou o pastor, ressaltando sua herança metodista de quinta geração e seu envolvimento com a JOCUM, um movimento de juventude cristã com foco missionário.

Farias, cuja discografia data de 1984 com canções como “O Domínio e o Poder” da Banda Fé, reforça que suas obras sempre tiveram um caráter “horizontais e transversais”, visando despertar a igreja brasileira para a ação e o comprometimento com o evangelho prático. Sua música, segundo ele, preconiza o evangelismo urbano, longe de qualquer teor progressista que se atribui às discussões atuais. “O tal Progressismo nem existia quando eu já estava Comunicando a Necessidade da igreja Brasileira Acordar…“, afirma.

Além disso, o pastor destacou o impacto de suas missões urbanas, especialmente a iniciativa no Vigário Geral, como um manifesto de evangelismo urbano que precedeu muitas das vozes contemporâneas. Ele também apontou para a importância de entender a música dentro do contexto de seu trabalho missionário, que inclui projetos notáveis como “Profetizando às Nações”, lançado em 2006 em colaboração com Fernanda Brum.

Livingston Farias conclui enfatizando que “Pavão Pavãozinho” e outros trabalhos foram desenvolvidos em uma era onde as questões sociais eram abordadas de maneira integral pela igreja, sem alusões a movimentos progressistas, mas com um forte apelo à ação missionária e ao despertar eclesial.

Leia a nota na íntegra:

“Os tempos eram outros, assim como as convulsões sociais, as estruturas geopolíticas e a situação eclesial do Brasil pentecostal. É importante esclarecer que sou um filho metodista de quinta geração missionária, criado no Santo Evangelho e influenciado pela JOCUM, além de bisneto de missionários. Minhas canções, compostas desde 1984, são horizontais e transversais, buscando comunicar a necessidade da Igreja Brasileira acordar para suas missões. Exemplos disso são obras como ‘O Domínio e o Poder’ com a banda Fé.

Fiz questão de ressaltar que o progressismo, como é discutido hoje, nem sequer existia quando eu já estava engajado em comunicar a urgência de um despertar eclesial. ‘Pavão Pavãozinho’ é um manifesto de evangelismo urbano, resultado de uma cruzada de impacto no Vigário Geral, muito antes de algumas vozes contemporâneas ganharem espaço.

Desde 2006, percebi uma grande lacuna nas ações missionárias da Igreja Brasileira, algo que foi observado durante eventos em locais icônicos do Rio de Janeiro e ampliado na conferência internacional de missões da JOCUM em Montevideu. Foi nesse contexto que, em colaboração com a pastora Fernanda Brum e sob a orientação do pastor Emerson Pinheiro, compusemos ‘Eu Vou à África’, inaugurando o projeto CD ‘Profetizando às Nações’, marcado por um foco missionário, distante de qualquer inclinação progressista.

Essa jornada missionária se estendeu até o lançamento do CD ‘Glória’, refletindo um olhar missionário e urbano sobre as realidades brasileiras, culminando com o envolvimento no projeto da Comunidade de Acari entre 2006 e 2012. Durante esse período, produzimos diversas canções com uma visão horizontal e missionária, sem nenhuma alusão ao eixo progressista, refletindo minhas convicções mundiais e nacionais.”

Relacionados

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor, insira seu comentário!
Please enter your name here

popular