Muitos acreditam que o cristão não pode ficar deprimido, mas a realidade é que essa doença acomete a todos, desde pastores a ateus, sem exceção. Com origens as mais variadas – desde uma crise emocional até um desequilíbrio químico no cérebro,
passando por traumas que ocorrem na vida, já é considerada a doença psiquiátrica mais comum atualmente.

O bispo Walter McAlister, fundador das Igrejas Cristãs Nova Vida publicou um texto em seu site em que aborda o problema. “Servos de Deus passam por isso. Pessoas piedosas e espirituais também. O termômetro emocional sobe e desce, mesmo na vida de cristãos cheios de fé”, garante.

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O líder religioso aborda o problema de sua esposa, Martinha. Ela é vítima de dor crônica e menopausa, com quadro de depressão já há alguns anos.  Segundo conta, ele sofreu pressão para que não divulgasse o fato, pois segundo ouviu, “as pessoas não iriam entender”.

Segundo seu relato, o tratamento medicamentoso tem ajudado a melhorar o quadro.
Citando o pensamento de muitos cristãos, que acreditam que os remédios seriam uma forma de derrota espiritual, ele adverte: “Os que afirmam isso não têm a menor noção do que estão falando. Deus deu ao homem a capacidade de tratar males. A

Medicina não é a rejeição da fé”.  Ele completa que os medicamentos são uma dádiva que Deus deu ao homem a capacidade de criar.
Mc Alister lembra a passagem bíblica em que Elias fugiu para o deserto. Ali, em profunda depressão, depois do episódio em que aniquilou 450 profetas de Baal, e por isso foi perseguido por Jezabel, que prometeu vingança, Elias pediu a Deus que o matasse.

Ele deixa um recado para os que sofrem com o mal: “Deus não o abandonou. (…) Sei o que a Bíblia diz. Sei que Deus me ama. Sei que esses “sofrimentos leves e momentâneos estão produzindo para nós uma glória eterna que pesa mais do que todos eles.” (2 Co 4.17).