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sexta-feira, maio 3, 2024

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Pastores articularam caravanas e convocaram ataques, diz site

No último domingo (8), o Brasil foi testemunha de atos golpistas protagonizados por bolsonaristas de todo o país.

“Lute agora e faça parte da história”, dizia o anúncio de um caravana organizada pelo pastor Elias de Souza, conhecido como Elias Gaúcho. Assim como ele, outras lideranças religiosas, algumas delas políticos com mandato, participaram e ajudaram a organizar e convocar ataques aos Três Poderes.

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O site CartaCapital aponta alguns nomes, como o da deputada federal Clarissa e o do deputado estadua Júnior Tércio, ambos do PP de Pernambuco.

De acordo com a reportagem, enquanto extremistas depredavam o Congresso Nacional, alguns deles empunhando bíblias e cantando louvores, os políticos demonstravam apoio público aos criminosos.

No domingo, Clarissa, e o marido dela, o pastor Júnior Tércio, vereador no Recife e deputado estadual mais votado do estado, compartilharam vídeos da invasão ao Congresso nas redes sociais.

No dia seguinte, a parlamentar recuou e divulgou uma nota em tom de retratação. Ela disse ser contra “atos de violência, vandalismo ou destruição do patrimônio público”. No mesmo tweet, também disse estar “em alinhamento com Jair Bolsonaro”.

A deputada federal é filha do pastor evangélico Francisco Tércio, presidente do Ministério Novas de Paz da Assembleia de Deus, que comanda a Rádio Novas de Paz (88,1 FM).

O casal está na lista de acusados de coautoria de crimes contra o Estado Democrático de Direito, entregue pela bancada do PSOL ao STF.

“Podemos dizer que o discurso religioso agiu como motivador ideológico dos atos violentos vistos em Brasília, porque mobiliza pautas morais, o conservadorismo da sociedade brasileira”, considera Nilza Valéria, coordenadora da Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito.

Segundo ela, narrativas de embate que acionam um ideário de luta do bem contra o mal têm sido propagadas por lideranças evangélicas bolsonaristas.

Esse é o caso do senador eleito Magno Malta, que postou um vídeo, no qual aponta as manifestações como o “desespero de um povo que não foi ouvido”, e do pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo.

Outro líder evangélico influente, próximo da família Bolsonaro, o pastor Josué Valandro, da Igreja Batista Atitude da Barra da Tijuca, frequentada pela ex-primeira dama Michelle Bolsonaro, usou as redes sociais para demonstrar apoio aos ataques em Brasília.

A pastora Ana Marita Terra Nova, esposa do apóstolo Renê Terra Nova, publicou no Instagram no sábado, na véspera da invasão: “Dois meses nos quartéis: valeu muito, sim! Agora… É parar e dizer mesmo: intervenção militar!”

A Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito localizou ainda outras lideranças evangélicas que ajudaram a mobilizar atos criminosos no domingo.

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