A igreja evangélica Ministério Internacional Restaurando as Nações – MIRN, liderada pelo bispo Ivonélio Abrahão, tem aproximadamente 500 fiéis, mas movimentou R$ 15 milhões no período de um ano e dois meses, conforme a quebra do sigilo bancário.
A informação consta na denúncia do Ministério Público Federal, em decorrência da Operação La Casa de Papel, deflagrada pela Polícia Federal, em outubro do ano passado.
O líder religioso, sogro da cantora Perlla, virou réu por integrar a suposta organização criminosa que teria dado golpe de R$ 4,1 bilhões em 1,3 milhão de investidores, em dezenas de países. A denúncia foi aceita pelo juiz Bruno Cezar da Cunha Teixeira, da 3ª Vara Federal de Campo Grande.
O pastor está preso, assim como o filho, Patrick Abrahão. O herdeiro se apresentava como number one da Trust Investing, usada para dar o golpe.
A empresa também não tinha autorização para atuar no sistema financeiro pela Comissão de Valores Mobiliários e do Banco Central.
Além de Ivonélio e do filho, são réus na ação Cláudio Barbosa, 45, Fabiano Lorite de Lima, 44, Diego Ribeiro Chaves, 34, e Diorge Roberto de Araújo Chaves, 59.
“IVONÉLIO ABRAHÃO declarou ser empresário individual e dono da empresa IGREJA MINISTÉRIO INTERNACIONAL RESTAURANDO AS NAÇÕES – MIRN. Quanto à IGREJA MINISTÉRIO INTERNACIONAL RESTAURANDO AS NAÇÕES, foi informada uma movimentação financeira de mais de R$ 15.000.000,00 (quinze milhões) no período de 24/04/2020 a 03/06/2021, ou seja, em pouco mais de 1 ano”, relatou a procuradora da República, Damaris Rossi Baggio de Alencar.