Hoje, 16 de junho de 2023, marca os quatro anos do assassinato do Pastor Anderson do Carmo. Sua morte chocou a nação brasileira e deu origem a um caso judicial complexo e de longo prazo que finalmente resultou na condenação de sua esposa, a ex-deputada Flordelis, por ser a mandante do crime.
Após um período de investigação de 14 meses, seguido por dois anos de rito processual e seis dias de julgamento, finalmente foi possível desvendar o ocorrido na noite fatídica de 16 de junho de 2019, quando o Pastor Anderson foi brutalmente assassinado na garagem de sua casa.
O julgamento, presidido pela juíza Nearis dos Santos Carvalho Arce, encontrou Flordelis culpada pelo assassinato triplamente qualificado de seu marido. Além disso, ela foi condenada por tentativa de homicídio duplamente qualificado, uso de documento falso e associação criminosa armada. Em seu veredicto, a juíza sublinhou que as motivações do crime foram financeiras, não convencida pela argumentação da defesa que atribuía o crime a alegados abusos cometidos pelo Pastor Anderson contra os membros da família.
O histórico do caso indica que o plano para matar o pastor foi concebido dois anos antes do crime, com pelo menos seis tentativas de envenenamento com arsênio e cianeto, as quais foram frustradas devido à intervenção médica.
No total, Flordelis foi condenada a mais de 50 anos de prisão por seus crimes, com outros membros da família também recebendo penas pesadas. Flávio dos Santos, o filho biológico de Flordelis, foi identificado como o executor do crime, enquanto outros membros da família, como Marzy Teixeira e Lucas dos Santos, também foram envolvidos.
A brutalidade do assassinato, que incluiu mais de 20 disparos contra o pastor enquanto ele estava na garagem de sua casa, chocou o país e levou a um escrutínio intenso das ações de Flordelis e sua família.
A denúncia do Ministério Público sustenta que Flordelis foi a principal responsável por planejar o assassinato, além de ter convencido outros a participar do crime. Ela ainda é acusada de ter financiado a compra da arma utilizada no crime e de ter mantido o controle das finanças da família, gerando conflitos internos.